Após algumas indefinições e possibilidades de cancelamento, a Federação Internacional de Natação (Fina) voltou atrás na decisão da semana passada e confirmou, na manhã desta segunda-feira, 7, que haverá sim, o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos. A competição ocorrerá de 18 de junho a 3 de julho, em Budapeste (Hungria). Na última terça-feira, 1º de fevereiro, a entidade havia adiado o Mundial — previsto para maio deste ano, em Fukuoka (Japão) — para julho de 2023.
De acordo com a Fina, a evolução da pandemia de covid-19, de forma diferente em cada país, foi um dos motivos para a entidade voltar atrás em sua decisão e realizar a competição em 2022, como programara anteriormente.
“Como uma comunidade aquática, estamos encontrando soluções em torno da pandemia e o anúncio de hoje é um passo importante nesse processo”, disse Husain Al-Musallam, presidente da Fina, em nota publicada no site da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos (CBDA).
“Sabemos que precisamos ser criativos em nossa abordagem ao navegar pela atual crise de saúde para nossos atletas. O acordo de hoje é um testemunho deste trabalho. A Fina também reconhece que a pandemia está evoluindo de maneira diferente de acordo com o tempo e o lugar. Somos extremamente afortunados por ter anfitriões de eventos que compartilham nossa paixão pelos esportes aquáticos e têm disposição, capacidade e flexibilidade para organizar o evento mais prestigiado da Fina. Estamos profundamente gratos a todos os nossos anfitriões e sabemos que os atletas aquáticos sentem o mesmo”.
Embora não tenha esclarecido se haverá outras modificações no calendário de competições, a Fina afirmou que “continua consultando atletas e partes interessadas sobre a programação do Campeonato Mundial da FINA em Doha, Catar”.
Time do Brasil
Em 2021, Jhennifer Alves foi uma das integrantes da Seleção Brasileira no Mundial de Piscina Curta, e deu o seu melhor nas provas que envolviam os 50 metros peito, a sua especialidade. No individual, a atleta friburguense conseguiu avançar até a semifinal com o oitavo tempo, e a marca de 30.11. Nesta fase, entretanto, a quinta colocação foi insuficiente para que ela chegasse à grande final.
No revezamento 4x50m medley, Jhennifer compôs o time com Gabriel Fantoni, Nicolas Santos e Gabrielle Roncatto. O tempo de 1:41.44 rendeu apenas o 11º lugar, insuficiente para levar o Brasil às finais. Jhenny integrou a Seleção Nacional de Natação que disputou o Campeonato Mundial de Piscina Curta de 25 metros de Abu Dhabi, entre os dias 13 e 16 deste mês. Os nomes dos atletas foram definidos pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). O grupo de vinte nadadores foi convocado logo depois da realização da última etapa do Campeonato Brasileiro Absoluto de Natação Troféu José Finkel, na Arena ABDA, em Bauru, no interior de São Paulo.
O Brasil terminou a competição com um ouro, conquistado por Nicholas Santos, nos 50m borboleta, e dois bronzes, ganhos por João Gomes Jr. e pelo revezamento 4x100 livre masculino. Se comparados à campanha de 2018 (oito medalhas e dois ouros) ou 2014 (10 medalhas e sete ouros) é bastante inferior, mas a comparação adequada deve ser feita com os Mundiais de Curta feitos em ano olímpico e no final da temporada como é o atual formato desde 2012. O time brasileiro também conseguiu chegar a 10 finais e atingiu cinco melhoras de tempo.
Dos nomes selecionados, 13 estavam na equipe olímpica de Natação, em Tóquio 2020. Jhennifer, por questão de milésimos, não esteve presente. A lista foi formada levando em consideração os 20 melhores resultados dos atletas brasileiros em relação ao Mundial de 2018. Destas 20 vagas, seis estavam reservadas para as nadadoras do Brasil.
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