As muitas formas de se comunicar

Os termos surdez e deficiência auditiva são, muitas vezes, usados como sinônimos. No entanto, eles possuem diferenças que devem ser respeitadas
sábado, 11 de novembro de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
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Os termos surdez e deficiência auditiva são, muitas vezes, usados como sinônimos. No entanto, eles possuem diferenças que devem ser respeitadas. É importante entender o que é ser deficiente auditivo e surdo e quebrar o estigma com essas duas nomenclaturas. Afinal, quem tem uma dessas características quer e deve ser tratado da maneira correta. Então, saiba que: 

É preciso escapar da armadilha do capacitismo, preconceito estrutural que atribui a essa população uma menor capacidade de executar suas funções
O parcialmente surdo, como o próprio nome já diz, é aquele que tem diferentes níveis de dificuldade para ouvir. Nesse caso, o nível de surdez pode ser leve ou moderado. Para essas pessoas, um aparelho auditivo ou implante coclear pode ajudá-las a ouvir melhor. 

Além disso, os parcialmente surdos são bem mais presentes em nossa sociedade do que muita gente imagina, visto que diferentes situações podem levar as pessoas a terem o seu nível de audição comprometido ao longo da vida.

Por isso, o ideal é quebrar aquele estigma de que todos os surdos se comunicam por libras. Muitos parcialmente surdos podem não fazer o uso da língua de sinais, mas de outros recursos assistivos, ou mesmo nem precisam.

Portanto, um parcialmente surdo é aquele que tem a capacidade de ouvir sons reduzidos, em níveis diferentes, podendo ser em um ou nos dois ouvidos. Por isso, os deficientes auditivos podem se comunicar também pela linguagem oral e não exclusivamente pela língua de sinais.

Já os surdos, ausência da audição — que não tem audição alguma, pode ser em um ou ambos ouvidos. Nesse caso, os surdos costumam se comunicar pela Língua Brasileira de Sinais (Libras), mas isso não é uma regra.

Então, nem sempre os surdos fazem uso das libras. Pessoas que se tornaram surdas ao longo da vida, em uma idade avançada, por exemplo, são exemplos clássicos de pessoas que não fazem uso dessa língua. No entanto, existem vários exemplos. Além disso, no Brasil, a língua é conhecida como meio legal de comunicação. Por isso, é chamada de língua, e não de linguagem.

Por fim, para se ter certeza entre as diferenças entre surdez e deficiência auditiva, vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS), salienta que a profundidade da perda auditiva é o que define cada um dos termos. Ou seja, perda parcial = deficiência; perda total = surdez.

Armadilha do capacitismo

É preciso falar também da armadilha do capacitismo, preconceito estrutural que atribui a essa população uma menor capacidade de executar suas funções. Contudo, infelizmente, ainda é comum encontrar quem acredite que um profissional surdo não estaria apto para o trabalho apenas porque não é capaz de ouvir. 

Esta é uma falsa noção que obviamente não contribui em nada para a sociedade em geral. Muito pelo contrário. Afinal, mais de dois milhões de brasileiros têm grande dificuldade ou não escutam de modo algum, e nesse sentido, são jovens e adultos cuja inserção no mercado de trabalho é não apenas uma questão legal — conforme exigido desde 1991 pela Lei de Cotas —, mas também uma oportunidade para tornar as organizações mais diversas e inclusivas.

Algumas dicas:
  • Defina controles em telefones. A maioria deles tem configurações que permitem definir um volume máximo para não exceder acidentalmente um limite seguro;
  • Não aumente o volume em ambientes barulhentos. Para eliminar o ruído de fundo, em vez  de aumentar volume, tente usar fones de ouvido com cancelamento de ruído (tipo concha) ou fuja do ruído;
  • Conheça e siga a regra 60/60 para evitar a perda de audição devido ao uso de fones de  ouvido, criada por Dr. James E. Foy. A ideia é usar até 60% do volume do music player por no máximo 60 minutos. Uma faixa de volume moderada por um tempo limitado e com pausas reduz drasticamente qualquer chance de dano. E, se algum dano ocorrer, seu corpo terá tempo para se  recuperar. 

“Quanto mais alto o volume, menor deve ser sua duração”. A conscientização das  pessoas, principalmente de jovens, sobre os perigos do uso excessivo de fones é a melhor arma  para a prevenção. Portanto, abaixe o volume!  

(Fonte: blogcocleativa.com)

 

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