Laboratórios do Ministério da Agricultura vão testar coronavírus

Serão disponibilizados 84 laboratórios, com capacidade de análise de mais de 76 mil amostras por dia
quinta-feira, 26 de março de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Laboratórios do Ministério da Agricultura vão testar coronavírus

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai disponibilizar a sua capacidade instalada, infraestrutura e equipes técnicas da rede de laboratórios vinculados para ajudar na análise de testes do coronavírus. Ao todo, serão disponibilizados 84 laboratórios das redes da Embrapa, dos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs) e da Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), com 89 equipamentos do tipo RT-PCR em operação e capacidade de análise de mais de 76 mil amostras por dia. Essa é a técnica de referência para detecção do coronavírus.

Os laboratórios da rede do Mapa estão em 42 instalações localizadas em 19 estados e 27 cidades. Os equipamentos deverão ser realocados com base na demanda estratégica do Ministério da Saúde. Também há um total de 108 profissionais qualificados para operar equipamentos e ensaios, que poderão ser alocados conforme a necessidade.

“Essa estratégia propõe uma aliança do agronegócio contra o Covid-19 sob a curadoria do Mapa, em parceria com o Ministério da Saúde, que disponibiliza de forma rápida e ordenada alta quantidade e qualidade de recursos materiais, humanos e estruturais para reduzir a evolução da prevalência do coronavírus no Brasil”, explica a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Segurança

Do total de laboratórios, 62 têm nível de biossegurança NB1, que não podem fazer a manipulação de material biológico. Neste caso, os equipamentos podem ser emprestados para outros laboratórios ou eles podem receber as amostras prontas para análise. Outros 18 laboratórios possuem nível de biossegurança NB2, que podem ser cedidos para a rede de saúde para operar os ensaios. 

Quatro laboratórios têm nível máximo de biossegurança NB3, sendo que três têm condições de operar em nível 4 de segurança biológica, com o uso de escafandro, e dois deles (Campinas-SP e Pedro Leopoldo-MG) têm estrutura robotizada para o preparo das amostras e a realização dos ensaios. Eles podem ser disponibilizados para apoiar a rede de saúde a manusear o vírus ou para atividades que requerem a máxima proteção do operador, e para criação de centrais de preparo de amostras em grande escala.

 

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