Justiça deve definir na tarde desta quarta futuro sobre a flexibilização

Ação civil pública movida pela Defensoria será julgada a partir das 14h e retomada gradual pode enfim ser autorizada
quarta-feira, 01 de julho de 2020
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Panorâmica de Nova Friburgo (Arquivo AVS/ Henrique Pinheiro)
Panorâmica de Nova Friburgo (Arquivo AVS/ Henrique Pinheiro)

O julgamento da ação civil pública movida pela Defensoria Pública em 29 de maio, em conjunto com a Coordenação de Saúde e de Tutela Coletiva da Defensoria, vai ocorrer na tarde desta quarta-feira, 1º de julho, de forma remota, a partir das 14h. A Prefeitura de Nova Friburgo, por intermédio do prefeito Renato Bravo ou de um representante legal, deverá apresentar o plano de retomada gradual das atividades e a juíza Fernanda Telles, da 2ª Vara Cível do município, poderá ou não acatar a proposta apresentada pelo município. Isso significa que, dependendo da decisão, a flexibilização das atividades pode ser impedida ou autorizada.

No final de maio, a Defensoria Pública ajuizou uma ação civil para tentar suspender os efeitos do decreto do prefeito Renato Bravo que permitiu o funcionamento das indústrias, com 50% da capacidade, observando-se as medidas sanitárias. Segundo os defensores, essa flexibilização, ainda que gradativa e controlada, provocaria um aumento no número de contaminações, se comparado à taxa de contágio no ambiente de confinamento. “Ainda que se diga que a taxa de contaminação será monitorada e controlada, é inevitável constatar a inexistência de vagas para internação na rede pública municipal” dizia o documento referindo-se a saturação nos leitos de Covid-19 do Hospital Raul Sertã, na época.

Em 1º de junho, a juíza Fernanda Telles, da 2ª Vara Cível de Nova Friburgo, concedeu liminar suspendendo os efeitos do decreto municipal 591. Na decisão, a magistrada determinou que a prefeitura mantivesse e fiscalizasse as medidas de isolamento e distanciamento social instituídas pelo decreto municipal 541 "até que a taxa de ocupação de leitos de UTI disponibilizados exclusivamente na rede pública de saúde para pacientes com Covid-19 atingisse nível inferior a 70% e que tal fato pudesse ser objeto de comprovação documental hábil pela municipalidade", conforme a sentença.

Indicadores técnicos

À época, a decisão da juíza recomendava à prefeitura o cumprimento da legislação e as diretrizes técnicas e científicas reconhecidas nacional e internacionalmente sobre o tema, “assim como o decreto estadual 47.068/2020, mantendo as medidas de isolamento e distanciamento social instituídas pelo decreto 541, até que apresente laudo técnico que justifique, com base em dados científicos, que atualmente giram em torno de três pontos principais, quais sejam: dados epidemiológicos confiáveis que apontem queda da incidência da contaminação por no mínimo 15 dias; disponibilidade de recursos para assistência a casos graves: capacidade ociosa de leitos de 30 a 50% e disponibilidade de testes diagnósticos para a identificação de casos de infecção. No entanto, no último dia 24, o desembargador Claudio de Mello Tavares, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) suspendeu a liminar que barrava o decreto 591.

 

LEIA MAIS

Confira a origem da data e a importância do profissional na sociedade

Instituição recebeu medicamentos que deveriam ter sido descartados há dois anos

Ao todo, cerca de 18 imunizantes estarão disponíveis para todas as idades, mas especialmente para as crianças e adolescentes

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra