Quando ela cai na água, a expectativa é grande. Em Nova Friburgo, Jhennifer Alves tornou-se rapidamente referência na natação, e não tardou para que o talento da atleta a levasse a competir em alto nível. Acostumada a brilhar em grandes competições, a friburguense do Pinheiros mergulha novamente para tentar fazer história no Troféu Brasil 2022. Jhenny está incluída em pelo menos quatro tipos de provas: de 50, 100 (que aconteceu nesta segunda-feira, 4, e não foi encerrada até o fechamento desta edição) e 200 metros peito, a sua especialidade, além da modalidade borboleta. O evento acontece no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.
O programa de provas será realizado em seis etapas, distribuídas em seis dias de competição, desde esta segunda-feira, 04, até o próximo dia 09 de abril (sábado), com as provas eliminatórias sendo realizadas pela manhã e as finais disputadas na parte da tarde. Por conta da pandemia, as equipes participantes devem apresentar, de todas as pessoas vinculadas aos seus respectivos clubes, comprovante de vacinação devidamente atualizado, sem o qual o atleta fica impedido de participar da competição.
São oferecidas medalhas de ouro, prata e bronze para os atletas e equipes de revezamento classificados, respectivamente, em 1º, 2º e 3º lugares em cada prova do programa de provas do campeonato, incluindo maratona aquática, se houver, e serão realizadas logo após a realização da final respectiva. Contudo, os atletas focam, tanto quanto a premiação, na seleção feita a partir do desempenho no Troféu Brasil.
A competição deste ano vai definir a formação da equipe brasileira que participará do Campeonato Mundial de Natação da FINA, em Budapeste (Hungria), de 26 de junho a 03 de julho, e do Campeonato Mundial Júnior de Natação da FINA, a princípio marcado para a cidade de Kazan, na Rússia, de 23 a 28 de agosto.
Antes mesmo do início da disputa do Troféu, há alguns números curiosos, a exemplo das modalidades mais e menos procuradas. No caso do masculino, o maior número de atletas está inscrito para a prova dos 100 livre, no total de 56 (maior número da competição). Por outro lado, apenas 23 devem participar dos 50 costas. No feminino, 46 nadadoras estão inscritas para os 200 medley, enquanto somente 20 vão disputar a prova dos 50 metros costa. Apenas uma prova feminina tem mais nadadoras do que a versão masculina da competição: o 50 borboleta, com 30 atletas, contra 26 na versão para os homens.
Trajetória da atleta
Quanto a Jhennifer Alves, a nadadora de Nova Friburgo fechou 2021 em alta. Uma das integrantes da Seleção Brasileira no Mundial de Piscina Curta, em dezembro, em Abu Dhabi, ela participou das provas de 50 metros peito, a sua especialidade. No individual, conseguiu avançar até a semifinal com o oitavo tempo, e a marca de 30.11. Nesta fase, entretanto, a quinta colocação foi insuficiente pra que ela pudesse chegar à grande final.
No Revezamento 4x50m medley, Jhennifer compôs o time com Gabriel Fantoni, Nicolas Santos e Gabrielle Roncatto. O tempo de 1:41.44 rendeu apenas o 11º lugar, insuficiente para levar o Brasil às finais. Jhenny integrou a Seleção Nacional de Natação, definida pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). O grupo de vinte nadadores foi convocado logo depois da realização da última etapa do Campeonato Brasileiro Absoluto de Natação Troféu José Finkel.
Nos últimos anos, Jhennifer Alves quebrou marcas e recebeu premiações diversas, a exemplo do prêmio de melhor atleta universitária feminina de 2019 pela Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A lembrança veio pela conquista da medalha de ouro na Universíade de Nápoles, em julho de 2019, na prova dos 50 metros peito. Jhenny obteve outra marca importante durante turnê pela Europa, quebrando o recorde sul-americano de 10 anos dos 100 metros peito feminino. No Troféu Sette Colli, alcançou a marca de 1min07s64, superando os 1min07s67 de Tatiane Sakemi.
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