Instalação de pontes segue a passos lentos em Conselheiro

A VOZ DA SERRA encontrou apenas cerca de 10 trabalhadores em toda a extensão da Avenida Governador Roberto Silveira
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
O canteiro de obras nas margens do Bengalas (Fotos: Henrique Pinheiro)
O canteiro de obras nas margens do Bengalas (Fotos: Henrique Pinheiro)

 

O leitor mais atento deve se lembrar que na edição de 18 de dezembro de 2019, A VOZ DA SERRA denunciou o atraso no cronograma das obras para a instalação de quatro pontes metálicas para a travessia de pedestres ao longo da Avenida Governador Roberto Silveira, no distrito de Conselheiro Paulino, trecho urbano da RJ-116. Inicialmente previstas para serem entregues em dezembro passado, as intervenções tiveram um atraso no cronograma e, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), tem o “término previsto até março”.

Na ocasião, em 17 de dezembro, A VOZ DA SERRA esteve no local das intervenções e não encontrou nenhum operário trabalhando. Em nota, o Inea negou que a obra estivesse paralisada e disse que a equipe de trabalho “estava mobilizada realizando o serviço de demolição das vigas de concreto armado, para posterior envio ao local de destinação final dos resíduos da obra”.

No entanto, nossa redação tem recebido diversas queixas de moradores que dizem que a obra estaria sim paralisada. Voltamos, então, ao local na manhã desta quinta-feira, 16, e encontramos apenas uma equipe – com cerca de dez operários - trabalhando em toda a extensão da Avenida Governador Roberto Silveira. Eles estavam concentrados na contenção das margens do Rio Bengalas no entorno da ponte que foi instalada em frente a Ambev.

A população, que já não concordava com a substituição das pontes por julgar que a cidade carece de demandas mais urgentes no momento, agora aguarda ansiosa pela conclusão de uma obra que, ao que parece, caminha a passos de tartaruga: “Eu não via necessidade de trocar (as pontes), mas parece que a obra vai ficar boa. Só acho que está demorando demais. Aí fica tudo com cara de improviso. É o pedestre que tem que desviar pelo meio da rua porque não tem calçada. São esses tapumes servindo de proteção para a lateral da ponte. Enfim, vamos torcer para que deixem tudo direitinho (ao final da obra)”, relatou um morador.

Sobre o problema das rampas de acesso às pontes que invadiram a calçada, obrigando os pedestres a passarem pelo meio do acostamento, o Inea informou que “as rampas serão concluídas após a execução dos serviços de contenção das margens do Rio Bengalas”. A VOZ DA SERRA questionou o órgão estadual sobre a quantidade de funcionários que estariam trabalhando atualmente na obra e os motivos da suposta redução no número de trabalhadores, mas até o fechamento desta edição não recebemos resposta.  

Por que substituir as pontes?

As pontes metálicas começaram a ser instaladas sobre o leito do Rio Bengalas no início de setembro. Segundo o Inea, as intervenções fazem parte das ações de controle de inundações, drenagem e recuperação ambiental do rio e vão custar R$ 17 milhões ao governo do Estado. “A substituição de travessias e pontes visa remover estreitamentos da calha, melhorar o escoamento das águas do rio e garantir a eficiência das obras já realizadas no corpo hídrico”, informou o Inea, em nota, no final de agosto.

 

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TAGS: obra