Um homem de 43 anos, tabelião de um cartório em Conselheiro Paulino, baleou na noite de sexta-feira, 13, a esposa - juíza de paz de 33 anos, grávida de 6 meses - e os pais dela, de 67 e 75 anos, na casa da família, na Rua Venceslau Braz, área nobre do Cônego. A mulher e a sogra morreram na hora e o sogro ficou gravemente ferido.
Segundo informações passadas à Polícia Militar, o atirador, Ricardo Pinheiro Juca, estaria em surto psicótico ao cometer o crime, usando uma pistola Glock 9mm com três carregadores. Ele foi contido por policiais do 11º BPM e preso. A arma foi apreendida (abaixo).
Os mortos foram Nahaty Gomes de Mello e sua mãe, a psicóloga Rosimery Gomes da Cunha. Proprietário de uma das farmácias mais antigas da cidade, Wellington Braga Mello foi baleado e está hospitalizado.
Segundo o 11º BPM, a Polícia Militar foi acionada por vizinhos, que denunciaram ao 190 homem armado ameaçando a família e escutaram disparos de arma de fogo. Ao chegarem à residência, os policiais encontraram o sogro do atirador no portão, ferido no rosto. O corpo da sogra estava na sala e o da mulher, em um quarto no andar de cima. Ainda muito alterado, segundo os policiais, o atirador se rendeu e, a caminho da 151ª DP, confessou ter atirado na mulher e na sogra.
Em novembro passado, o atirador se declarou à esposa em rede social: "Meu sonho de casar com a mulher que eu amo se tornou realidade. Só tenho que agradecer a Deus por me dar essa linda esposa a quem tenho admiração, respeito e amor. Que seus sonhos se realizem e que nos amemos cada dia mais que o anterior. Eu te amo", escreveu.
No domingo dos pais, dia 8 passado, Nahaty também escreveu uma declaração de amor ao marido.
De acordo com a Polícia Civil, Ricardo será indiciado por dois feminicídios consumados, aborto e tentativa de homicídio. Somadas, as penas dos crimes podem chegar a 84 anos.
A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do acusado. Segundo o portal de notícias G1, em uma audiência de custódia no fim da tarde deste domingo, 15, a juíza Ariadne Villela Lopes converteu a prisão em flagrante para preventiva, atendendo a um pedido do Ministério Público.
Ricardo será encaminhado para avaliação psiquiátrica. Se o exame concluir pela ausência de doença psiquiátrica, ele será transferido para unidade prisional comum, independentemente de nova decisão judicial, determinou a juíza Ariadne.
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