A Prefeitura de Nova Friburgo informou que nesta terça-feira, 14, o governador Claudio Castro virá à cidade para dar, pessoalmente, a ordem de início das obras no Hospital Regional de Oncologia Francisco Faria, o sonhado Hospital do Câncer, na Ponte da Saudade. Segundo a prefeitura, o compromisso está agendado para as 11h e contará com a presença do prefeito Johnny Maycon, além de outras autoridades da região.
O hospital já deveria estar funcionando desde 2016. Em maio passado, no entanto, foi anunciada a empresa que venceu a licitação para concluir as obras inacabadas: a MPE Engenharia e Serviços S/A, com sede no Rio de Janeiro. A licitação foi realizada dez anos depois do primeiro anúncio da construção do Hospital do Câncer em Nova Friburgo.
O valor estimado para a obra foi de R$ 51.662.699,12, no terreno de aproximadamente 82.300 metros quadrados onde funcionou o antigo Centro Adventista de Vida Saudável (Cavs). O prazo para a entrega da obra é de um ano..
Em 2016, o Hospital Estadual de Oncologia de Nova Friburgo, previsto para atender cerca de 500 mil pessoas de toda a Região Serrana, deveria ter sido inaugurado, segundo anúncio do então governador Luiz Fernando Pezão. Esta foi a segunda data de inauguração. O ex-governador Sérgio Cabral havia prometido entregar o hospital em 2014.
Em 2012, o então governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral, assumiu o compromisso de entregar ao município de Nova Friburgo uma unidade oncológica com 120 leitos, 10 UTIs, 30 leitos para tratamento infantil, além de três salas cirúrgicas e um Centro de Imagens. O prédio do antigo Cavs foi desapropriado pelo Governo do Estado. A Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop) começou as obras de adaptação ainda em 2012, mas por pouco tempo. O governador pretendia inaugurar a unidade dois anos depois, ou seja, em 2014. Não foi inaugurada naquele ano nem nas gestões seguintes.
O projeto do hospital
O Hospital de Oncologia Francisco Faria terá perfil assistencial de atendimento a pacientes oncológicos adultos. Contará com emergência regulada, realizando atendimento imediato, procedimentos cirúrgicos, internação clínica e cirúrgica, terapia intensiva, diagnóstico e terapia e reabilitação.
Além da internação e centro cirúrgico, o hospital terá oncologia clínica, com central de quimioterapia, consultas ambulatoriais, laboratório de análises clínicas, acesso a serviço de anatomia patológica e centro de imagem, para o diagnóstico diferencial e definitivo, estadiamento e acompanhamento dos pacientes neles respectivamente cadastrados
O Hospital do Câncer de Nova Friburgo contará com dois blocos: A e B. Além de blocos de serviços, utilidades e estacionamento. O bloco A terá três pavimentos. Nele serão centralizadas as áreas de internação: Cirurgia Oncológica, Oncologia Clínica, Medidas de Suporte e Cuidados Paliativos. Nessa unidade também estará o salão de quimioterapia, com 16 leitos, sendo três leitos para quimioterapia longa. Também abrigará os quartos de internação: 17 quartos, com dois leitos cada, três enfermarias com quatro leitos e dois quartos de isolamento clínico, totalizando 48 leitos.
Verbas para a saúde
Nesta segunda-feira, 13, Castro lançou o Programa Cuidar + Saúde para Todos, novo projeto do estado que irá destinar R$ 800 milhões em créditos extraordinários a projetos da área da saúde para os municípios. Todas as cidades fluminenses são elegíveis a receberem os recursos. Para isso, devem apresentar projetos, que serão analisados pela Secretaria de Estado de Saúde, encarregada de autorizar o repasse.
Os municípios deverão utilizar a verba destinada de forma específica: 30% do valor deverá ser investido na reforma das unidades básicas de saúde e os outros 70%, para custeio de linhas de cuidados que poderão ser elencadas pelos municípios, como cuidado cardiovascular, saúde da mulher, oncologia, de acordo o que consideram mais relevante.
O secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, falou sobre o trabalho da pasta na avaliação dos projetos."Vamos receber esses projetos, avaliar e autorizar os repasses, é um primeiro momento minucioso. As prefeituras poderão injetar os recursos referentes a custeio nas unidades básicas de saúde até o tratamento de alto padrão".
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