Em 24 horas, a esperança de finalmente celebrar a desaceleração do contágio por Covid-19 em Nova Friburgo perdeu um pouco a força. De terça para quarta-feira, dia 2, duas novas mortes pela doença foram registradas no município, totalizando agora 878, conforme o último boletim divulgado pela prefeitura.
Além disso, o percentual de casos negativos nas testagens diárias dos pontos de triagem do SUS, que se mantiveram acima de 60% por três dias consecutivos, nesta quarta baixou para 55,64%, diminuindo a diferença para os resultados positivos. Mesmo assim, os resultados negativos ainda superam os positivos: foram 409 contra 326 (44,35%), dos 735 testes realizados no dia.
Já no sistema integrado ao Ministério da Saúde, foram computados mais 105 casos em 24 horas. O total de infectados agora, desde o início da pandemia, chega a 27.784. Há ainda três casos suspeitos. O total de casos negativos é de 25.720. Do total de 53.720, 51,92% resultaram positivo. Vale lembrar que o sistema só registra um teste por pessoa, mesmo que ela tenha realizado mais de um.
Cedo para comemorar
Nesta quarta, quando consultado por A VOZ DA SERRA sobre o aumento de resultados negativos nos testes, o especialista Rafael Spinelli, que acompanha a evolução da Covid em Nova Friburgo desde o início da pandemia, norteando ações do poder público e do setor empresarial contra a doença, já tinha alertado que ainda era cedo para comemorar uma suposta curva descendente do pico atual de contágio.
“A janela de somente três dias ainda é muito curta para poder confirmar a expectativa de o pico dessa onda provocada pela variante Ômicron ter sido atingido. Acho prudente aguardar um pouco mais, pelo menos uma janela de uma semana completa, que elimina sazonalidades de tendências de alguns dias da semana”, analisou.
No sábado os resultados negativos eram 52,69% dos testes, no domingo subiu para 64,72%, na segunda ficou em 63,64% e na terça estava em 60,10%. Caso fosse mantida esta tendência, ela poderia significar que o pico da onda recente de coronavírus já poderia ter passado.
Em outros países que já experimentam essa redução de casos, o ápice da transmissão levou de quatro a seis semanas após o início da aceleração do contágio. Portanto, o Brasil enfrentaria o pior momento entre a última semana de janeiro e a metade de fevereiro — hoje, o Brasil está na quinta semana de alta.
A ocupação nos hospitais de Nova Friburgo permanece sem grandes alterações desde a segunda-feira, 31. O mais saturado é o da Unimed. O Raul Sertã tem 30 de seus 44 leitos de enfermaria ocupados e na UTI, mesmo com leitos momentaneamente reduzidos pela metade por conta do afastamento de profissionais de saúde com Covid, há quatro vazios.
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