Fiocruz pesquisa condições de trabalho dos profissionais de saúde na Covid

Objetivo é conhecer a realidade e contribuir para direcionar políticas públicas
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Fiocruz pesquisa condições de trabalho dos profissionais de saúde na Covid

Com o objetivo de conhecer as condições de vida e trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam diretamente na assistência e no combate à pandemia do novo coronavírus, a Fiocruz lançou, em julho, a pesquisa nacional — Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil.

 De acordo com o Boletim Epidemiológico Especial (nº 22) do Ministério da Saúde, até julho haviam sido registrados 180 mil casos de Covid-19 em profissionais de saúde de todo o país, com 163 óbitos. A pesquisa foi realizada em parceria com os Conselhos Federal de Enfermagem e Conselho Federal de Medicina.

Compreender o ambiente e a jornada de atividade, o vínculo com a instituição, a vida do profissional na pré-pandemia e as consequências do processo de trabalho, envolvendo aspectos físicos, emocionais  e psiquícos desse contingente profissional, foi também uma das finalidades desse estudo. 

“Observamos denúncias e relatos de profissionais que estão em situação de precarização do vínculo de trabalho, salários atrasados, insegurança e sobrecarga de trabalho que geram stress, adoecimento e desgastes físicos e psíquicos. Conhecer a realidade desse profissional contribui para o direcionamento de estratégias e políticas públicas que promovam a melhoria das condições de trabalho no enfrentamento dessa pandemia. A participação dos profissionais é importante para delinearmos o cenário atual”, disse a pesquisadora da Fiocruz Maria Helena Machado, coordenadora do estudo.

As profissões mais registradas dentre os casos confirmados de Síndrome Gripal por Covid-19 foram técnicos e auxiliares de enfermagem (62.633), seguidos dos enfermeiros (26.555) e médicos (19.858). No universo da pesquisa, a distribuição dos óbitos se deu da seguinte forma: técnicos e auxiliares de enfermagem (64), médicos (29) e enfermeiros (16). E ainda cinco mortes de fisioterapeutas.

Na linha de frente do combate à Covid-19, o universo da pesquisa abarca os médicos (intensivista, infectologista, pneumologista, radiologista, clínico, cirurgião geral, anestesista, patologista, generalistas), a equipe de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) e fisioterapeutas (cardiorrespiratórios), que estão no atendimento da atenção primária em saúde e na rede hospitalar de referência em Covid-19, em todo o país.

 

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TAGS: saúde