AHF, uma organização global na luta contra a Aids

Ong tem como meta a erradicação do HIV/Aids como problema de saúde pública até 2030
sexta-feira, 08 de agosto de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)
A Aids Healthcare Foundation (AHF), uma Ong global fundada em 1987, é atualmente a maior fornecedora de cuidados de saúde para HIV/Aids no mundo. A organização atua em diversos países, oferecendo serviços como testes, prevenção e tratamento para mais de dois milhões de pessoas, segundo a AHF Brasil, sediada em São Paulo. A organização também se dedica à defesa dos direitos das pessoas que vivem com HIV e à luta para eliminar o estigma associado à doença. 

No Brasil, a AHF atua em parceria com governos locais e comunidades para implementar políticas de prevenção e tratamento do HIV, com apoio a 14 cidades em diferentes estados
Fundada com o objetivo de "lutar pelos vivos e cuidar dos moribundos", a entidade expandiu sua atuação para se tornar uma organização global. A organização opera por meio de uma rede de farmácias, brechós, centros de saúde e outras parcerias estratégicas, gerando recursos próprios para financiar suas atividades. Todos os serviços são gratuitos, incluindo o teste de HIV, o serviço de aconselhamento, a vinculação ao tratamento e a distribuição de preservativos.

No Brasil, a AHF atua em parceria com governos locais e comunidades para implementar políticas de prevenção e tratamento do HIV, oferecendo apoio a 14 cidades em diferentes estados. Tendo como meta a erradicação da doença como problema de saúde pública até 2030, a Ong trabalha em colaboração com a OMS e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). A organização busca alcançar essa meta por meio de diversas iniciativas, como a ampliação do acesso ao tratamento, a prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho e a luta contra o estigma social. 

No Brasil

A AHF se estabeleceu no Brasil em 2013. Desde então, foram realizados centenas de milhares de testes rápidos de HIV e distribuídos milhões de preservativos com apoio da Fundação. Começou a atuar no Rio de Janeiro, em parceria com o Grupo Pela Vidda, e em seguida, expandiu suas atividades para o Amazonas e a cidade de Manaus, em parceria com o Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DATHI) do Ministério da Saúde e os Programas de IST/HIV/Aids do estado.

A partir de 2015, em parceria com Ongs locais, a AHF Brasil intensificou as ações de testagem rápida nas cidades do Rio (Grupo Pela Vidda), São Paulo (Instituto Cultural Barong); e Manaus (Rede Amizade), Tabatinga (AGLTTF) e Parintins (AGLTPIN), todas no estado do Amazonas.

Atualmente, a AHF Brasil tem uma clínica em Recife (Clínica do Homem), especializada em prevenção, diagnóstico e tratamento de IST, com foco no público masculino e outra na cidade de São Paulo (Clínica Comunitária de Saúde Sexual). Ambas as clínicas têm parceria com os programas de HIV/Aids no âmbito federal, estadual e municipal.

Óbito de pessoas 60+

Dados do Ministério da Saúde (MS) revelam um crescimento de 416% entre 2012, quando foram registrados 378 casos, e 2022, quando o número subiu para 1.951. Nesses dez anos, os óbitos por aids entre as pessoas com 60 anos ou mais cresceram 85%: de 980 para 1.827.

Entre as razões para esse crescimento está o aumento da expectativa de vida da população, permitindo uma vida sexual ativa por um tempo mais prolongado. Outros fatores importantes são o estigma e a falta de informação sobre prevenção entre os idosos, tornando-os mais vulneráveis.

“O prolongamento da vida sexual ativa dos idosos é reflexo dos avanços científicos, que proporcionam acesso a fármacos que auxiliam na promoção da vida sexual, como medicamentos para disfunção erétil”, diz Beto de Jesus, diretor da AHF Brasil.

Além do HIV, outras infecções sexualmente transmissíveis entre idosos também preocupam. De acordo com o MS, aproximadamente 5% dos indivíduos acima de 60 anos apresentam alguma IST, e acredita-se que muitos casos estejam subnotificados.

“Isso ocorre porque, na maioria das situações, o diagnóstico ocorre somente quando a condição já se encontra em fase avançada, o que pode diminuir consideravelmente as chances de tratamento eficaz ou de controle da doença, além de elevar o risco de transmissão a outras pessoas durante o período em que não há sintomas”, explica o diretor.

Falar sobre as diversas estratégias de prevenção combinada — como uso de preservativo e lubrificante, vacinas, PrEP e PEP — é essencial para enfrentar o aumento nos casos de HIV e outras IST na população, inclusive entre pessoas idosas.

Vale reiterar que, as clínicas da AHF Brasil oferecem aconselhamento, consulta médica, diagnóstico com testes rápidos e tratamento 100% gratuito, sem preconceitos ou julgamentos. 

 

(Fonte: AIDS Healthcare Foundation - AHF)

 

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