A exportação de cadeados, fechaduras e ferrolhos produzidos em Nova Friburgo teve aumento de 154% no ano passado em relação a 2020, revela Wanderson Nogueira em sua coluna "Observatório" (veja a íntgera aqui). O bom resultado, no entanto, não foi o suficiente para que a Região Centro-Norte evitasse, no geral, a queda de 19% com relação ao ano de 2020. O município que mais cresceu na totalidade, reunindo todos os setores, foi Carmo (80%). Nova Friburgo lidera os recursos obtidos com exportações: US$ 2,1 milhões. Os dados fazem parte do Boletim Rio Exporta – Regionais da Firjan que acaba de ser disponibilizado para estudos.
Hermanos são principais parceiros
Ainda nas exportações, após cadeados e fechaduras (1º lugar), o segundo setor que mais exportou foi o de bebidas alcoólicas. O de roupas ficou em 3º, seguido da moda íntima, em 4º. Esse setor, aliás, teve queda de 18% com relação a 2020. O Paraguai foi o principal destino das exportações locais, correspondendo a 22%. Os demais países consumidores dos produtos fabricados por aqui, pela ordem, foram: Bolívia, Uruguai, EUA, Holanda e Bélgica.
Vem da Argentina
O volume de importações do Centro-Norte teve queda de 22%, o equivalente a negócios de US$ 19,7 milhões, sendo a Argentina o principal país de origem das compras regionais (34%), seguido dos EUA (33%). Cantagalo foi o município que mais importou, correspondendo a quase 32% do volume total (US$ 6,2 milhões), por conta de hulhas e combustíveis sólidos para as cimenteiras. 31% dos produtos adquiridos foram poliésteres, material mais importado pela Região.
Miúdos diante do Estado
Sem contar a capital, o Estado somou US$ 36,5 bilhões, avanço de 38% frente a 2020. Foram US$ 23,2 bilhões em exportações e US$ 13,2 bilhões em importações. Duque de Caxias, graças ao óleo bruto de petróleo, obteve o maior volume do montante (US$ 11,8 bilhões). Isso dá a dimensão de como a Região tem pouco recurso, ainda na casa dos milhões de dólares, enquanto outras regiões têm dois dígitos de bilhões.
Plano de desenvolvimento
Outro dado preocupante que a coluna aponta é: enquanto o Estado cresceu 38%, a Região Centro-Norte caiu 19%. Lembrando que 2021 foi um ano de adversidades por conta da pandemia, mas situação que afetou mais o ano de 2020. A recuperação da região, exceto setores específicos, parece mais lenta que a média estadual. É urgente um plano de desenvolvimento que pense em aumentar essa participação e volume de negócios. Os dados completos podem ser estudados no site da Firjan.
Deixe o seu comentário