A Escola Municipal Messias de Moraes Teixeira é uma das mais antigas do bairro Olaria. Com sede na Rua Ary Parreira, suas instalações encontram-se bastante deterioradas, tanto é que os alunos foram transferidos temporariamente para o Centro Educacional Nossa Senhora das Graças, no mesmo bairro, para que a Prefeitura de Nova Friburgo providenciasse a reforma da Escola Messias. Na placa da obra, afixada na frente da escola, a prefeitura informa que as obras começaram no dia 29 de setembro de 2022 com prazo de conclusão para o próximo dia 26.
No entanto, os 20 dias que faltam para o término das intervenções parecem não serem suficientes para a entrega do prédio reformado. A reportagem de A VOZ DA SERRA esteve no local ontem, 5, e não viu movimentação de trabalhadores, nem ouviu barulho ou algum indício de que a obra, orçada em mais de R$ 780 mil, esteja em andamento.
O prédio apresenta uma pintura externa bem antiga com as paredes descascando, janelas quebradas, grades enferrujadas, pátio com mato crescendo e piso quebrado, além de entulho de obra e lixo espalhados, atraindo insetos e roedores, segundo vizinhos. A sensação é de que nos últimos nove meses de prazo para realização da obra, nada foi feito.
Alguns moradores do entorno, que não quiseram se identificar, disseram que, além do abandono do prédio, o entulho da obra está depositado há meses, na calçada da escola. “Sempre vemos baratas e ratos andando por ali. Um perigo para a saúde de quem mora por aqui”, disse uma moradora.
O que diz a prefeitura?
A VOZ DA SERRA entrou em contato com a prefeitura, questionando sobre o andamento da obra Escola Municipal Messias de Moraes Teixeira, sobre o que já foi feito, se o prazo de entrega será cumprido, sobre a falta de caçamba para o entulho da obra.
A prefeitura informou, através de nota que "as obras na unidade foram paralisadas no dia 16 de março, depois de ter sido verificada uma série de problemas na execução da construção inicial do edifício, no ano de 2007, tais como aterro com material de baixa qualidade sem compactação gerando recalque do solo, bem como as fundações executadas muito rasas. Foram também identificados novos problemas estruturais e a necessidade de recuperação do muro de contenção da fachada. Todas as alterações necessárias ultrapassariam o limite permitido de aditivo (50%) no contrato entre a empresa e a Prefeitura."
A nota também diz que “e razão do problema estrutural identificado na unidade após retirada do solo do pátio frontal para reparo, a Secretaria de Educação já instaurou procedimento administrativo com vistas à contratação de estudos mais apurados, com laudo pericial, ensaios e projeto executivo de recuperação estrutural a ser futuramente licitada sua execução de forma complementar.”
Acrescentou ainda que "quando a obra for retomada, o prazo de execução será devolvido à contratada, na forma da lei, razão pela qual a data constante na placa da obra já sofreu alteração." Em relação ao entulho e ao lixo, a prefeitura informou que só serão retirados, quando as obras forem retomadas.
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