Em reunião fechada, ministro da Saúde pede empenho das prefeituras na atenção básica

“Não podemos ter 5.570 centros de referência de alta complexidade no Brasil. Quem não entrega não vai receber”, afirma Queiroga em Friburgo
segunda-feira, 02 de maio de 2022
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
O ministro Marcelo Queiroga chega para a reunião, ao lado do prefeito Johnny Maycon (Foto: Henrique Pinheiro / Reprodução)
O ministro Marcelo Queiroga chega para a reunião, ao lado do prefeito Johnny Maycon (Foto: Henrique Pinheiro / Reprodução)

Em uma reunião reservada com prefeitos e secretários de cidades da região e representantes de entidades empresariais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um balanço das ações do governo federal  e dos desafios de sua pasta. O encontro, fechado à imprensa e do forte aparato de segurança, aconteceu na manhã desta segunda-feira, 2, no Senai Espaço Moda, no primeiro compromisso de Queiroga em Nova Friburgo.

Durante a reunião, o ministro ressaltou a importância do SUS, que, segundo ele, saiu fortalecido da pandemia de Covid. Ele também destacou a importância de todos os municípios - os quais, “na ponta, são os que cuidam da gestão” - aperfeiçoarem a atenção básica como forma de melhorar a eficiência do sistema de saúde como um todo.

“Um dos aspectos que precisamos discutir é o financiamento da saúde no Brasil para que tenhamos recursos suficientes para cumprir o dever constitucional de assegurar um direito que é de todos. Mas, antes de pedir dinheiro, de aumentar imposto, nós temos que melhorar a eficiência do sistema. O Ministério da Saúde não é só uma agência  de repasses. É um formulador da política pública de saúde, tem que saber onde alocar os recursos e qual o resultado. Não podemos ter 5.570 centros de referência de alta complexidade no Brasil. Quem não entrega (um serviço básico de saúde eficiente) não vai receber”, disse Queiroga, num recado claro às prefeituras no sentido de “fazerem o dever de casa”.

Em visita à Unidade Básica de Saúde Dr. José Copertino Nogueira, em São Geraldo, o ministro também anunciou a inclusão de Nova Friburgo no Programa Médicos do Brasil, que substituiu o Mais Médicos. Segundo a prefeitura, foram direcionados cinco médicos de família para integrar a rede de atenção básica do município. A unidade ainda recebeu a primeira placa do programa em todo o país.

Prefeitura anuncia novidades

À noite, o governo Johnny Maycon anunciou, em rede social,  que mais de R$ 100 milhões serão investidos na reestruturação da saúde pública de Nova Friburgo. Entre as novidades, além da UPA de Olaria, estão a instalação  do Centro Especializado de Reabilitação (CER-II), habilitado pelo Ministério da Saúde, dentro da Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae);  a abertura de um Hospital das Clínicas na UPA de Conselheiro Paulino; e o envio de R$ 5 milhões do Ministério da Saúde em equipamentos para a rede SUS do município.

Entre os participantes da reunião de manhã estavam, além do prefeito Johnny Maycon; o secretário de Finanças, Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Gestão (Fazenda), André Montechiari; o secretário da Casa Civil,  Pierre Moraes; o subsecretário de Governo Daniel Figueira; e  o deputado federal Carlos Jordy (acima).

Também estiveram presentes o vice-prefeito Serginho; a secretária de Saúde, Nicole Cipriano; o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, o secretário estadual de Infraestrutura e Obras, Rogério Brandi; o deputado federal Júlio Lopes;  a presidente da Firjan Centro-Norte Fluminense, Márcia Carestiato Sancho, além de secretários de Saúde, prefeitos e vereadores da região.

À tarde, a agenda do ministro  inclui uma visita às futuras instalações da UPA de Olaria, onde fica o antigo Sase; e das obras inacabadas do Hospital do Câncer, na Ponte da Saudade - dois dos projetos mais aguardados pelos friburguenses. 

A visita do ministro a Nova Friburgo coincidiu com o início da licitação das obras de conclusão do Hospital do Câncer. A abertura dos envelopes, por enquanto, ainda não contém os orçamentos propostos pelas empresas interessadas, o que só deve acontecer em mais 30 dias, segundo explicou ao RJ-TV o secretário estadual  de Infraestrutura e Obras, Rogério Lopes Brandi.  

A licitação ocorre dez anos depois do primeiro anúncio da construção da unidade, por um  valor estimado de R$ 51 milhões e prazo de entrega de um ano.

Já a nova UPA deve ocupar as dependências do antigo Sase, um espaço abandonado no bairro de Olaria. Parte dos recursos para a compra do imóvel, somado a um terreno ao lado, poderá vir do empréstimo de até R$ 30 milhões que a Prefeitura de Nova Friburgo já foi autorizada pela Câmara dos Vereadores a contrair  com a Caixa Econômica, através do através do Programa de Financiamento à Infraestrutura e Saneamento (Finisa). De acordo com o anteprojeto enviado pela prefeitura, o imóvel do Sase está avaliado em quase R$ 3 milhões.

 

 

LEIA MAIS

Confira a origem da data e a importância do profissional na sociedade

Instituição recebeu medicamentos que deveriam ter sido descartados há dois anos

Ao todo, cerca de 18 imunizantes estarão disponíveis para todas as idades, mas especialmente para as crianças e adolescentes

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: Governo | obra | saúde