Crianças desaparecidas: Polícia Civil vai emitir alertas em redes sociais

Informações serão compartilhadas com usuários de sites e apps que estiverem num raio de 160 quilômetros do local do desaparecimento
quarta-feira, 16 de outubro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, anunciou que passará a emitir alertas em casos de menores desaparecidos com risco iminente de morte ou lesão corporal grave. Trata-se da novidade denominada “Alerta Amber”, iniciativa criada nos Estados Unidos e que agora está sendo implementada também no Estado do Rio.

O trabalho é desenvolvido a partir de uma parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e com a Meta, empresa responsável pelo Facebook e pelo Instagram. As informações serão compartilhadas com os usuários desses sites e aplicativos que estiverem em um raio de 160 quilômetros do último local em que a criança ou adolescente tiver sido visto.

A ideia é permitir a localização imediata da vítima. Por meio da mensagem, a população terá acesso a foto do menor, bem como a contatos para fornecer informações que auxiliem na investigação. Apesar de a DDPA, unidade responsável pelas investigações de desaparecimentos na capital fluminense, estar à frente da iniciativa, o Alerta Amber será acionado para casos em todos os municípios fluminenses.

DDPA completa dez anos

Esta é mais uma ação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros na busca por desaparecidos, uma missão que completou recentemente dez anos. A unidade foi fundada em 2014, sendo um marco nas investigações desse tipo de ocorrência. A sua criação teve como objetivo centralizar os esforços na localização de pessoas e, consequentemente, estabelecer uma cooperação entre diferentes áreas da Polícia Civil do Rio, assim como outros órgãos.

Desde a sua fundação, a DDPA se destaca não só pelo esforço e trabalho de ponta, mas por uma alta taxa de resolutividade. Ao longo dos anos, 85% dos desaparecidos foram localizados, e o trabalho segue para encontrar as demais. São diversas campanhas de conscientização e prevenção de novos casos, além da orientação sobre procedimentos de notificação rápida do desaparecimento.

"A investigação de desaparecimento demanda uma grande interlocução entre diversos atores estatais, privados e a sociedade civil. Nosso papel é garantir a excelência na pronta comunicação entre todos visando a rápida localização do ente desaparecido. Buscamos, ainda, ofertar o acolhimento necessário ao familiar, que vivencia dias de angústia, no curso da investigação", declara a titular da especializada, Elen Souto.

Entre os casos solucionados pela especializada está o de uma menina, de 12 anos à época, que saiu de casa para ir à escola e desapareceu. O caso ocorreu em 2023. Após intenso trabalho de inteligência e investigação da unidade, a criança foi localizada em São Luís, no Maranhão, no nordeste do país. As apurações apontaram que ela foi para aquele estado após conhecer um homem, de 25 anos, por meio de um aplicativo de compartilhamento de vídeos. A vítima foi resgatada e levada de volta ao Rio de Janeiro.

Outro caso que demonstra o célere trabalho da unidade é o da vítima Natalie Rios Motta Salles, em 2017, morta pelo seu ex-namorado. Ela estava grávida e a rápida prisão do autor se deu graças ao Núcleo de Cadáveres da DDPA, que conseguiu localizar, no mesmo dia do desaparecimento, o corpo carbonizado da vítima a 120 quilômetros do local do sumiço. Segundo as apurações, o crime foi cometido porque o acusado não queria assumir o filho.

A DDPA foi decisiva também na busca pelos desaparecidos nas chuvas de Petrópolis, em 2022. Uma equipe da unidade foi até a Região Serrana para auxiliar as unidades que estavam mobilizadas no atendimento às vítimas da tragédia. Cooperação, aliás, é uma marca da DDPA. A delegacia realiza constante troca de informações e experiências com os setores de Descoberta de Paradeiros das Delegacias de Homicídios da Região Metropolitana, bem como com as distritais do interior.

Ao completar uma década de serviço à população, a DDPA reforça seu compromisso em trazer respostas às famílias e continuar trabalhando incansavelmente para localizar pessoas desaparecidas, com profissionalismo, empatia e dedicação.

 

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