Chuva do fim de semana trouxe à tona um mau hábito dos friburguenses

Coleta é feita regularmente, todos os dias, mas muita gente ainda insiste em descartar o lixo no leito dos rios
quinta-feira, 24 de março de 2022
por Henrique Amorim (henrique@avozdaserra.com.br)
Lixarada às margens do Bengalas (Fotos: Henrique Pinheiro)
Lixarada às margens do Bengalas (Fotos: Henrique Pinheiro)

O Rio Bengalas bem que poderia ser mais um cartão postal entre os muitos que Nova Friburgo possui, graças às suas belezas naturais, mas infelizmente, não é. E a culpa disso é de parte da própria população que insiste em descartar o lixo em locais impróprios como os nossos rios. Um exemplo disso ficou evidente com a chuva forte da madrugada da última segunda-feira, 21, que fez o leito do Bengalas subir alguns metros. Quando a correnteza diminuiu e o nível da água voltou ao normal, uma cena lastimável se descortinou: uma enorme quantidade de lixo permaneceu presa aos galhos da vegetação nas margens do nosso principal rio. 

O fato evidencia que todo aquele lixo fora descartado no próprio leito e a correnteza não conseguiu levá-lo. Vale lembrar que esse mesmo lixo, se arrastado pela enxurrada, poderia causar estragos maiores, pois, ao ser represado junto a galhos e entulhos, favoreceria novas enchentes e inúmeros transtornos à população que reside próximo às margens do rio. 

Jogar lixo nos rios é uma prática errada e antiga, mas eternamente sem desculpas. A coleta no centro da cidade é regular, acontece pelo menos três vezes por dia, e nas calçadas que margeiam o Bengalas há diversas lixeiras. Muitas vezes, não é difícil flagrar lixo descartado no chão, bem ao lado de uma caixa coletora. Ou seja, puro desleicho de parte da população. Não raro, até mesmo, eletroeletrônicos são descartados nos rios, aumentando a poluição visual e comprometendo a boa imagem que uma cidade turística deve prezar. 

Ainda assim, algumas aves, ainda marcam presença em meio a sujeira do nosso Bengalas como mostra o flagrante fotográfico de Henrique Pinheiro, parecendo nos alertar que salvar o rio ainda pode ser algo possível.    

 

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