CDL e Sincomércio voltam a defender flexibilização

Comércio quer reabertura gradual do setor para evitar colapso, com falências e desemprego
quarta-feira, 06 de maio de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Braulio Rezende, presidente da CDL e do Sincomércio (Arquivo AVS)
Braulio Rezende, presidente da CDL e do Sincomércio (Arquivo AVS)

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) de Nova Friburgo, emitiram parecer nesta segunda-feira, 4, informando que os empresários do comércio friburguense estão apreensivos com os efeitos do novo decreto municipal que prorrogou, pelo menos até a próxima segunda-feira, 11,  as medidas de enfrentamento ao coronavírus, entre elas o fechamento do comércio. 

O presidente de ambas as entidades, Braulio Rezende afirma que os empresários esperavam algum tipo de flexibilização que permitisse o funcionamento das lojas em regime especial, já que a maioria delas amarga sérios prejuízos sem faturamento desde o fim de março. Braulio Rezende acentua que os empresários não defendem volta à normalidade, mas um abrandamento das regras atuais, com as lojas reabrindo em horário reduzido e obedecendo às recomendações oficiais para a manutenção da higiene nos ambientes de trabalho e proteção da saúde de empregados e clientes. 

O presidente da CDL e do Sincomércio argumenta ainda que, depois de mais de 40 dias fechado, os empresários do comércio de Nova Friburgo estão enfrentando sérias dificuldades para cumprir com seus compromissos, como pagamento da folha salarial, aluguéis, fornecedores, tributos, contas de água e luz.

“Compartilhamos com outros órgãos a preocupação com a saúde da população. Só ponderamos que lojas abertas em meio expediente, dentro do que o governo municipal estabelecer, não provocarão aglomerações. Pensamos num esquema em que cada uma libere apenas a entrada do número de clientes correspondente ao número de atendentes”, esclarece ele. “O isolamento em Nova Friburgo se restringe a lojas fechadas. O que vemos nas ruas são filas imensas nos supermercados, nos bancos, nas lotéricas. Na Caixa, por exemplo, as filas vão durar enquanto vigorar o auxílio para trabalhadores informais”, acrescenta.

Embora concorde com a importância do distanciamento social na contenção da pandemia de Covid-19, Braulio Rezende acha que a retomada gradual da atividade comercial, em um processo cuidadoso de transição, será a melhor forma de salvaguardar empresas e trabalhadores da cidade.

“Adotada em curto espaço de tempo, a flexibilização poderá livrar muitas empresas da falência e preservar milhares de empregos. Se a situação de hoje persistir, não sabemos o que acontecerá com a nossa economia. Prevemos um rombo econômico gigantesco”, observou.

No Facebook de A VOZ DA SERRA vários leitores se manifestaram sobre o novo decreto do prefeito Renato Bravo prorrogando a quarentena. “A exemplo da Caixa podemos ver que as pessoas não respeitam o distanciamento necessário uns dos outros. Não creio que reabrindo o comércio haverá o cuidado necessário seguindo recomendações necessárias. Com o comércio aberto, as pessoas poderão se sentir estimuladas a irem às ruas. Nosso sistema de saúde não irá aguentar, nem hospital de campanha temos ainda”, disse a técnica em segurança do trabalho, Carolina Werneck. 

“Esse isolamento, na prática já não está funcionando. As ruas estão cheias e em alguns momentos há até retenção no trânsito na Avenida Alberto Braune. As pessoas estão indo para a rua com decreto ou sem decreto. Há filas para entrar em algumas lojas que estão funcionando. Por que não flexibilizar? Caberá aos lojistas exigir que funcionários e clientes adotem medidas de higiene e usem máscaras”, disse o autônimo Francisco Liberato. 

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