Auxílio emergencial elevou renda das famílias em 24%

Estudo da FGV destaca a pobreza e a desigualdade do país
sexta-feira, 07 de agosto de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Auxílio emergencial elevou renda das famílias em 24%

De acordo com dados do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgados esta semana, pessoas que recebem o auxílio emergencial, que vem sendo pago pelo Governo Federal a quem ficou impossibilitado de obter a renda mensal devido a pandemia da Covid-19, tiveram seus rendimentos aumentados em 24% em relação ao que recebiam antes da liberação das parcelas de R$ 600.

O impacto do auxílio emergencial é ainda maior no caso dos trabalhadores informais, cuja elevação de renda proporcionada pelo benefício chegou a 50%. A pesquisa destaca que  “para os que receberam o auxílio emergencial, o acréscimo de renda, até agora, mais do que compensou as perdas de renda derivadas da crise. Isso não significa que o auxílio emergencial seja excessivo, mas sim que o nível de pobreza e desigualdade do Brasil é muito alto”.

O levantamento mostra que alguns profissionais foram mais afetados pela pandemia, como cabeleireiros e manicures, que perderam, sem levar em conta o auxílio emergencial, 42% da renda usual. Vendedores ambulantes (-38%), motoristas (-36%), vendedores a domicílio (-33%), e artesãos, costureiros e sapateiros (-33%), também tiveram quedas acentuadas de rendimento.

De acordo com o estudo, o auxílio emergencial já foi pago a cerca de 64 milhões de brasileiros, de um total de 104 milhões de solicitações. “O número de pessoas que solicitaram o auxílio mostra que o volume de recursos do Bolsa Família pode não ser suficiente. Existe uma parcela da população bastante vulnerável, que não está sendo atendida”, destacou o coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, e um dos autores do estudo, Lauro Gonzalez. 

“São pessoas que não são pobres suficientemente para estarem no Bolsa Família, mas que são pobres também e estão sujeitas aos efeitos negativos de choques, como esse que tivemos com a pandemia. Um mecanismo mais adequado para corrigir isso seria alguma coisa na linha de uma renda básica, abrangendo um número maior de pessoas”, acrescentou.

O estudo foi feito com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19 realizada em junho de 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

LEIA MAIS

Confira a origem da data e a importância do profissional na sociedade

Instituição recebeu medicamentos que deveriam ter sido descartados há dois anos

Ao todo, cerca de 18 imunizantes estarão disponíveis para todas as idades, mas especialmente para as crianças e adolescentes

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra