Atualmente, pelo menos 44% dos empreendedores do Estado do Rio de Janeiro alegam que o aumento dos custos (insumos/mercadorias, combustíveis, aluguel e energia) são as principais dificuldades para que a situação financeira das suas empresas volte ao que era antes da pandemia da Covid-19. Para 32%, o principal motivo é a falta de clientes, seguida por dívidas com empréstimos (8%), dívidas com impostos (4%). As dívidas com fornecedores (2%) completam a lista. É o que aponta uma pesquisa do Sebrae-RJ.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, os pequenos negócios precisaram se adaptar para continuar em funcionamento. Por conta da crise, 59% das empresas estão operando com mudanças. Ao mesmo tempo, 23% não alteraram a sua operação, 13% interromperam temporariamente o funcionamento da empresa e 6% decidiram fechar seu negócio de vez.
“Nos últimos dois anos, houve uma verdadeira mudança de postura, tanto do empreendedor quanto do cliente. A internet e a conectividade ajudam a reposicionar as empresas no mercado e atingir um novo público. Aqueles que conseguiram virar a chave obtiveram melhores resultados. Com um toque o cliente abre um leque de opções. Por isso, as empresas entendem que precisam de investimentos para superar esse desafio”, explica o coordenador de Mercado do Sebrae, Glauco Nunes.
Os proprietários dos pequenos negócios pretendem investir em marketing, capacitação e na produção de novas soluções. A pesquisa revelou que 27% vão investir na divulgação do negócio, 14% querem modernizar o negócio com novos produtos ou processos, outros 14% visam ampliar o mix de produtos ou serviços, 10% ampliarão a capacidade produtiva ou de atendimento, 9% investirão em capacitações empreendedoras, 8% reformarão o estabelecimento, 2% farão investimentos na capacitação de funcionários e 17% não pretendem fazer investimentos.
Principais dificuldades dos empreendedores
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48% dos empreendedores dizem que ainda possuem dificuldades para manter seu negócio.
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25% acreditam que as mudanças foram valiosas para o seu negócio.
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14% acreditam que o pior já passou.
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13% estão animados com as novas oportunidades.
Reajuste nos custos da indústria gráfica
O setor gráfico é mais um dos que podem ser seriamente impactados com o aumento dos insumos. A VOZ DA SERRA, inclusive, já recebeu comunicados e cartas públicas de fornecedores de papel para impressão de jornais informando que os preços internacionais serão reajustados. Só um fornecedor já anunciou a majoração de 35% no papel a partir de 1º de março.
A presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas de Nova Friburgo e região (Sindgraf), Márcia Carestiato, informou que a entidade vai se reunir com o conselho da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e membros da Associação Brasileira da Indústrias Gráfica (Abigraf) para discutir a questão e tentar encontrar alternativas para minimizar as consequências do reajuste do papel na operação das empresas gráficas.
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