Com as aulas presenciais suspensas desde o dia 27 de março devido a pandemia do coronavírus e o fim das férias dos profissionais da educação, antecipadas de janeiro de 2021 para o período de 4 de maio a 2 de junho, cresce a incerteza com relação à retomada das aulas no município. Em entrevista à Inter TV na terça-feira, 2, o novo secretário de Educação, Marcelo Verly, afirmou que a suspensão das aulas será prorrogada, pelo menos, até o próximo dia 30.
Para melhor esclarecer o assunto, A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Prefeitura de Nova Friburgo, que confirmou em nota, através da Secretaria Municipal de Educação, a suspensão das aulas até o final deste mês. Ainda de acordo com a prefeitura, “o retorno só poderá acontecer após uma série de procedimentos relacionados à biossegurança, que estão começando a ser elaborados”.
A nota informa ainda que a Secretaria Municipal de Educação está em conversa com os entes envolvidos, a partir do Conselho Municipal de Educação (CME), para definir como será feita a disponibilização de conteúdos pedagógicos aos alunos da rede municipal. Já com relação ao cumprimento dos 200 dias letivos exigidos pelo Ministério da Educação (MEC), a prefeitura informa que isso já foi flexibilizado pelo MEC para 180 dias, mantida a carga horária de 800 horas. E que está “em permanente contato com o CME para acompanhar tudo o que se refere a essa questão, a fim de cumprir o que os órgãos competentes e deliberativos determinarem, mantendo sempre amplo diálogo com os entes envolvidos conforme já mencionado sobre o conteúdo letivo”.
Rede estadual
Com relação à situação das aulas presenciais na rede estadual de ensino, a Secretaria estadual de Saúde informou que ainda não existe previsão de retorno das aulas presenciais. As aulas nas unidades do Estado só voltarão ao regime presencial quando a Secretaria estadual de Saúde (SES) determinar o final do isolamento social e decretar a possibilidade de volta às aulas nas escolas.
A Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) informa ainda que vem trabalhando junto com um Comitê de Especialistas desde o início do isolamento, avaliando e elaborando esta volta às aulas presenciais. Na ocasião, será informado o detalhamento e cronograma de como será.
Logo após a suspensão das aulas presenciais, a Seeduc fechou uma parceria gratuita com a Google For Education, a fim de utilizar a plataforma Google Classroom. A implementação da sala virtual é voltada para que os 700 mil estudantes percam o mínimo de conteúdo possível e que continuem tendo contato com os seus professores.
Na primeira etapa de utilização da plataforma digital, houve a criação de contas para a entrada no Google Classroom. Posteriormente, ocorreu a fase de adaptação e treinamento dentro das salas virtuais. A capacitação tem sido feita por meio do canal de YouTube, GetEdu, onde toda semana acontecem "meetings" (encontros) com todos os profissionais da rede, do Google For Education e da subsecretaria pedagógica da Seeduc.
O Governo do Estado do Rio informa ainda que na rede pública estadual, as aulas on-line estão acontecendo com mais de 90% dos professores cadastrados na plataforma Google Classroom e cerca de 80% dos alunos participando permanentemente das atividades pela internet. Um material pedagógico impresso foi entregue nas casas dos estudantes. Além disso, as aulas em TV aberta são exibidas todos os dias, das 6h às 7h na TV Bandeirantes com reprises das 14h às 15h. Os programas também já começaram a ser veiculados na TV Alerj e na Rio TV Câmara.
Rede particular
Desde o início das medidas de isolamento social para enfrentamento do coronavírus, a rede particular de ensino se baseou nos decretos estaduais e municipais para definir as estratégias a serem adotadas. Por isso, também entramos em contato com o Sindicato das Escolas Particulares do Estado do Rio de Janeiro (Sinepe-RJ), por telefone e por email, solicitando um posicionamento com relação às determinações do Governo do Estado e da Prefeitura de Nova Friburgo para a retomada das aulas presenciais. Também questionamos qual a orientação do Sinepe quanto as aulas on-line que estão sendo oferecidas por boa parte dos estabelecimentos particulares de ensino; e se já existe um protocolo de segurança para quando as aulas forem retomadas presencialmente. No entanto, até o fechamento desta edição, não recebemos resposta.
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