Arritmia em jovens: como evitar e quais são as causas

Doença chamou atenção com a morte nesta quarta-feira de um jogador uruguaio que passou mal durante uma partida da Copa Libertadores, em São Paulo
quarta-feira, 28 de agosto de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Cerca de 20 milhões de brasileiros sofrem de arritmia cardíaca, doença responsável por mais de 320 mil mortes súbitas por ano, segundo dados disponibilizados, no ano passado, pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. A doença pode acometer uma em cada quatro pessoas ao longo da vida. Em 12 de novembro é celebrado o Dia Mundial de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, tendo como objetivo informar à população sobre a doença e formas de prevenção e tratamento.

A arritmia é uma condição que altera o ritmo e os batimentos do coração, fazendo com que trabalhe de forma acelerada, ou devagar, ou ainda de forma irregular. Embora seja mais comum em pessoas mais velhas devido ao desgaste natural do sistema cardíaco, a anomalia pode ocorrer também em jovens por diferentes motivos. 

Como foi o caso do zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional, do Uruguai, que morreu na noite de terça-feira, 27, em São Paulo, uma semana após sofrer uma arritmia cardíaca durante uma partida contra o São Paulo, válida pela Copa Libertadores da América. 

De acordo com Alexsandro Fagundes, cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, é mais frequente encontrar a condição em pessoas mais velhas que já têm alguma deficiência no coração, como infarto prévio, cirurgia ou algum tratamento para hipertensão. "Mas pessoas jovens e, especialmente atletas que se expõem a riscos permanentes por causa de atividade física excessiva, podem ter alterações estruturais ou alterações elétricas que aparecem visíveis no eletrocardiograma", observa o médico.

Além disso, fatores como estresse emocional, depressão, abuso de substâncias como álcool e drogas, podem aumentar o risco de desenvolver arritmia em jovens. Os sintomas podem variar, como por exemplo, palpitações, falta de ar, dor no peito e em casos mais graves pode ocorrer  acidente vascular ou insuficiência cardíaca.

Como prevenir 

  • Para prevenir as arritmias cardíacas, assim como as demais doenças do coração, é preciso ter hábitos saudáveis, alimentação saudável, não se exceder no consumo de bebidas alcoólicas e energéticos, não usar nenhum tipo de substâncias, tratar diabetes e evitar a obesidade.
  • Toda atividade física e/ou esportiva moderada traz benefícios à saúde, mas antes de iniciá-la, deve-se procurar um médico para avaliação clínica e orientação moderada.
  • Fazer visitas regulares a um cardiologista, pelo menos uma vez por ano, é fundamental. Prestar atenção nos sinais do seu coração, como pulsações irregulares, batimentos intensos, rápidos, cansaço, desmaios sem motivo aparente e tonturas.

Formas de tratamento 

  • Uso de medicamentos;
  • Alterações no estilo de vida;
  • Implante de dispositivos cardíacos eletrônicos,como marcapassos ou desfibriladores automáticos;
  • Ablação por catéter realizada por meio da aplicação de energia de radiofrequência que é capaz de eliminar ou atenuar os focos das arritmias;
  • Em casos extremos, a cirurgia é o recurso indicado.
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