A Câmara de Vereadores de Nova Friburgo promove nesta segunda-feira, 29, uma audiência pública para debater a necessidade da elaboração e aplicação de ações e campanha de prevenção e tratamento da doença que acomete mais de 15 mil pessoas no município, conforme mostrou A VOZ DA SERRA na semana passada. A reportagem destacou os perigos da doença que é silenciosa e pode cusar uma série de complicações. O diabetes é caracterizado por um distúrbio metabólico que provoca alterações na taxa de glicose no sangue.
A audiência será às 18h no plenário do Legislativo friburguense. Foram convidados para participar a secretária municipal de Saúde, Nicole Lessa Cipriano, a direção da Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo (Adinf), Ministério Público, Defensoria Pública, médicos endocrinologistas e psicólogos particulares e da rede pública de saúde, especializados na doença, assim como cidadão com envolvimento com o diabetes.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, vereador Wellington Moreira, que é diabético e propôs a audiência pública, a intenção do encontro é trazer à tona assuntos ligados à pouca informação, dificuldade no diagnóstico e no tratamento da doença, que por ser silenciosa e com poder de levar o indivíduo à morte, já é considerada como caso grave de saúde pública.
“Queremos nesta reunião estreitar os laços entre a Adinf, referência no combate à doença no município, e o Executivo, criar protocolos fáceis de serem seguidos e divulgados, estimular o fornecimento de insulinas mais modernas, saber o andamento do programa Hiperdia e discutir a realização de mais campanhas informativas. Outra preocupação é o aumento do número de crianças com diabetes em Nova Friburgo”, observa o vereador.
Segundo a Agência Brasil, o país é o sexto no mundo em incidência de diabetes e o primeiro na América Latina: são 15,7 milhões de pessoas adultas com a doença e a estimativa é que, até 2045, a o diabetes acometa 23,2 milhões de adultos brasileiros. Em Nova Friburgo estima-se mais de 10 mil diabéticos.
“Sou diabético e a situação com que a doença é tratada me deixou perplexo. Espero que esta audiência inicie um novo olhar sobre o diabético e comece a melhorar o nível de informação, de diagnóstico e tratamento dessa doença que destrói a qualidade de vida do cidadão, podendo levar à morte. Vou abraçar mais esta luta, porque a saúde deve ser considerada sempre em primeiro lugar”, afirmou Wellington Moreira.
Deixe o seu comentário