Em meio aos recentes ataques de abelhas na capital, Nova Friburgo registrou um súbito aumento de casos de pessoas que tiveram acidentes com animais peçonhentos como aranhas, cobras e escorpiões, tanto em área urbana como rural. A Secretaria Municipal de Saúde emitiu um alerta nesta segunda-feira, 11.
Segundo dados oficiais, em apenas nove dias, de 28 de março a 6 de abril, foram registrados oito ataques em Friburgo, sendo quatro de aranhas e quatro de serpentes. Os bairros informados foram Stucky (dois), Centro, Ypu, Prado, Riograndina e Furnas (um em cada). Cinco das vítimas precisaram de soro antiofídico.
Segundo a prefeitura, o Hospital Municipal Raul Sertã, que atende a outros municípios, é uma das unidades de saúde do interior que armazenam o soro antiofídico distribuído pelo Ministério da Saúde e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Mas, em caso de insuficiência, é necessário recorrer a outras cidades.
A Prefeitura de Nova Friburgo reconhece que o Governo do Estado vem colaborando com os remanejamentos constantes de acordo com as necessidades dos municípios. Já os imunizantes, como a vacina antirrábica, ficam disponíveis no posto de saúde Sylvio Henrique Braune, no Suspiro, durante a semana. Nos feriados prolongados, a equipe da coordenação de imunização envia ao Hospital Municipal Raul Sertã uma determinada quantidade para reserva em casos de necessidade. “As equipes já estão se reunindo para ampliar o armazenamento na unidade hospitalar em breve”, informou a prefeitura.
Na semana passada, no Rio, um homem levou 1.500 ferroadas de abelhas em um ataque no bairro Tanque, em Jacarepaguá, na Zona Oeste. O caso foi revelado pelo “Fantástico” no último domingo, 10. Segundo testemunhas, foram 40 minutos de sofrimento.
Segundo o portal de notícias G1, moradores de outros bairros cariocas também têm reclamado de ataques de abelhas. Na Pavuna, na Zona Norte, um idoso de 74 anos foi atacado por uma colmeia formada dentro de um pneu pendurado em um muro. Outras pessoas também foram picadas pelas abelhas.
Matar é crime ambiental
De acordo com a Lei dos Crimes Ambientais, matar animais silvestres é proibido, salvo em legítima defesa ou para saciar a fome. Aranhas, cobras, escorpiões e abelhas são animais importantes para a biodiversidade. Segundo sites especializados, a maior parte das aranhas que aparecem em residências humanas, por exemplo, são inofensivas e ainda ajudam a combater pragas como pernilongos e outras aranhas. Quem encontrar um animal silvestre que apresente perigo deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiros (193).
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