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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Quando a televisão começou a se popularizar, alguns diziam: “Agora o rádio vai perder a vez!”. Realmente foi uma previsão naufragada pelas ondas médias e curtas do aparelhinho falante. Festejando o Dia Mundial do Rádio, último 13 de fevereiro, o Caderno Z do fim de semana passado, entre outros destaques, deu voz para uma história singular – os 75 anos da nossa Rádio Nova Friburgo, agora operando em frequência modulada. Ainda pequena, eu já sabia sintonizar a, então, Rádio Sociedade de Friburgo, a “Rádio Cipó Sempre Amiga” como era costume ser chamada antigamente. Eu me sinto feliz, pois tenho a honra de ser produtora e apresentadora do programa mais antigo que “ainda está no ar” naquela emissora, ou seja, o programa da União Brasileira de Trovadores, criado a partir dos Jogos Florais, no início da década de 1960.

Atuar no rádio é uma sensação sem igual, porque “tocar” o coração do ouvinte é a magia do radialismo. E o ouvinte é fiel, amigo, e se torna um fã incondicional!    Essa fidelidade acompanha Ernani Huguenin e Pedro Osmar. Ernani, por exemplo, com o seu bordão “não perca pela hora” não perde a hora e sempre sente saudades de sua “Nadinha”, a saudosa esposa Nádia Huguenin. Saudades que são nossas também. Pedro, que vivenciou todos os estágios do radialismo, destaca: “Para quem é apaixonado por rádio, como eu, foi um avanço pitoresco. Hoje podemos dizer que temos em Nova Friburgo uma das dez rádios mais modernas do Brasil”.

São muitos nomes a destacar, em especial, a nova geração dos locutores, como Vinicius Gastin, Gabriela Bini, Guto Soares e Fernando Moreira, agora no esporte. E o “Professor Pardal”, Carlos Reis, há mais de 50 anos colocando “a rádio no ar”. Que pessoa singular! Outro querido, operador de áudio, Rogério Dias, “meu editor na pandemia”, pessoa de bondade intensa. Salve a “Emissora das Montanhas” que ganhou o mundo!

Em março, a Rádio Sucesso FM completa 40 anos. No depoimento de sua diretora Hilda Teixeira Soares, sentimos o quanto o amor pode romper os desafios. Hilda ressalta que cumpriu sua missão com “sucesso”. A ela, ao seu filho Igor e a toda equipe, desde já, um feliz Jubileu de Esmeralda e parabéns pela história de sucesso!

É hora de deixar o “Z” e adentrarmos no cotidiano da pandemia. A Prefeitura de Nova Friburgo, anunciou na última sexta-feira, 12, que subiu para 9.799 o número total de casos confirmados de Covid-19, com aumento de 46 novos casos em um dia e um total de 289 mortes. No mesmo boletim, informou que há outros 30 pacientes com suspeita da doença, e destes, 19 estão em casa aguardando o resultado dos exames; seis estão internados e cinco óbitos continuam em investigação. E, mesmo assim, continuamos em bandeira amarela, sinalizando “pouco risco de contágio”. Eu não entendo essa métrica.

A injúria sofrida pela vereadora Maiara Felício demonstra como ainda há pessoas carecendo de uma reforma geral em seus procedimentos. Infelizmente, essa parcela mínima de indivíduos inconsequentes ainda consegue espaço para manifestar sua ignorância e desserviço à sociedade. Que a punição para atos dessa natureza seja um antídoto eficaz contra o veneno da estupidez das mentes franzinas.

O vice-prefeito Serginho, em entrevista concedida por e-mail ao jornal, destacou que para uma boa gestão é preciso “ter as pessoas certas em cada lugar”. Com disposição para o trabalho, Serginho demonstra que não medirá esforços para que a cidade melhore em todos os setores, “sem mágica ou varinha de condão”, é claro.

Mas... e o Carnaval sem carnaval? A bordo de uma pandemia que naufragou os sonhos e as esperanças,  o mês de fevereiro, este ano, perdeu o deslumbre da apoteose carnavalesca. A causa, mais do que compreensível, nem por isso deixou de ser um baque no calendário friburguense. O jornal trouxe figuras representativas do reinando de Momo e todas manifestando pesar pela suspensão dos festejos. Contudo, há um consenso de que não poderia ser diferente. Assim, nos resta vestir a fantasia de que tempos melhores virão, usando os adereços: máscara, álcool em gel, água e sabão, para o desfile do “Bloco do Eu Sozinho”, sem aglomerações. O silêncio de hoje há de ser os festejos do amanhã!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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