“Esperamos que este repasse da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) possa contribuir para a vacinação da população do nosso estado. Essa é uma pequena contribuição da Assembleia, mas nós estaremos abertos a fazer outras para que possamos abreviar o sofrimento dessa doença horrível, que já vitimou mais de 192 mil pessoas no Brasil. É um orgulho para nós, mais uma vez, realizar esta parceria”. A frase, do presidente da Alerj, deputado estadual André Ceciliano (PT), marcou a doação de R$ 20 milhões da casa para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O montante será usado para ajudar a instituição no enfrentamento à pandemia do coronavírus.
A cerimônia ocorreu na sede da Fiocruz, ainda no ano passado, no dia 30 de dezembro. A assinatura do termo ocorreu exatamente no dia em que o Reino Unido aprovou o uso da vacina de Oxford, desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca, que será produzida no Brasil pela Fiocruz. "Agradeço à Alerj por esse apoio fundamental ao plano de enfrentamento à Covid-19 nas favelas do Rio de Janeiro. A Fiocruz tem 120 anos de dedicação à saúde pública no sentido de reduzir as desigualdades sociais, que se mostraram fortemente na pandemia. São ações de emergência, mas de futuro também", afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, durante a cerimônia de entrega da doação.
Ceciliano ressaltou, na ocasião, a importância da contribuição da Alerj para a produção da vacina: "Precisamos ter uma saída, muito se discute da economia de mercado e do próprio combate ao vírus, mas é preciso ter o meio termo e o meio termo é vacinar". A presidente da Fiocruz, Nísia Lima afirmou que a atuação da Alerj foi importante não somente pela iniciativa da doação dos recursos, mas também pelas ações em favor do desenvolvimento do setor de pesquisas no estado.
"A Alerj está de parabéns por essa sensibilidade e por estar em ações concretas, apoiando as instituições de ciência e tecnologia do Estado do Rio de Janeiro, em múltiplas finalidades com as respostas em termos de políticas públicas e num projeto mais amplo de ter um complexo econômico e industrial da saúde. A Alerj vê este segmento como um ator importantíssimo para o desenvolvimento do estado", ressaltou.
A doação foi feita com base na lei 8.803/20, de autoria original de André Ceciliano e do presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), com coautoria de 42 parlamentares. A norma autoriza o uso de recursos do Fundo Especial da Alerj para projetos de centros de pesquisas tecnológicas vinculados a universidades estaduais e federais, além de programas nas áreas de Saúde, Educação e Segurança Pública. Já a lei 8.972/20, da deputada Renata Souza (Psol) com coautoria de 35 parlamentares, destinou o montante para a Fiocruz.
"Essa é a nossa missão, enquanto legisladores do Estado do Rio de Janeiro: garantir que a população tenha a possibilidade de ter acesso à ciência, à tecnologia e mais do que tudo isso, à saúde. Sem dúvida nenhuma, esse programa de enfrentamento à covid-19, em especial nas favelas e periferias, traz a possibilidade de vida a uma população que já é tão vulnerável", considerou.
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