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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 07 de setembro de 2021

Uma data comemorativa tem sempre um bom motivo na origem de sua criação e 5 de setembro é o Dia Internacional da Caridade, escolhido para homenagear Madre Tereza de Calcutá, falecida, nessa data, em 1979. Ela, que se doou em prol das causas humanitárias, deixou, nos seus exemplos, o verdadeiro sentido do verbo doar, na ilimitada capacidade de lutar pelos pobres e doentes e por toda a vulnerabilidade das causas alheias. No abrangente tema do Caderno Z, somos inspirados ao exercício da caridade e o nosso povo brasileiro tem um forte espírito solidário.

Entretanto, somos “mais chegados” ao exercício da caridade, como destaca a “Pesquisa Doação Brasil”, quando atravessamos momentos críticos, como tragédias e situações emergenciais, “fazendo com que a responsabilidade social e a consciência coletiva cresçam”. A cultura de doação em nosso país ainda é insuficiente e a pandemia do coronavírus é um bom exemplo, pois, em seu início, “houve certo aumento no volume de doações”. Em se tratando de ajuda individual, talvez pela extensão da pandemia, o espírito solidário foi, aos poucos, se afrouxando.

Contudo, os grupos assistenciais e as organizações humanitárias estão aí, firmes e fortes, na missão de salvar vidas, amenizando as dores do mundo. Em “Palavreando”, Wanderson Nogueira descreve bem o perfil do eu, “brasileiro” e entre muitos de seus achados literários achamos algum “eu” que nos define: “Eu, brasileiro, matando a fome de quem posso, mas morto pela fome de todos os que sentem fome...”. Lindo texto!

Deixando o “Z” com a caridade em destaque, o governo municipal deu um passo avançando na solidariedade com a lei sancionada pelo nosso prefeito Johnny Maycon por intermédio do projeto de lei proposto pelo  vereador Wellington Moreira. A lei garante “visita virtual a pacientes internados com coronavírus”. Mesmo com toda a complexidade para o seu cumprimento, a lei é mesmo madeira de lei. Parabéns!

O Governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou um “pacotão de obras” e nossa cidade está inserida com duas encostas: uma em Duas Pedras, no Morro do Lazareto e outra no loteamento Floresta. Ainda bem que o governador Claudio Castro sancionou lei que isenta o ICMS do arroz e do feijão que, consequentemente, ficarão mais baratos na cesta básica. Em contrapartida, o gás vai ficar ainda mais caro, com reajuste de 6%. Se correr o bicho pega e, se bobear, a gente não come! Aliás, é crise para todo lado, pois a gente já vive com a “economia” familiar em baixa. Luz e água são dois elementos que precisam de cautela nos gastos. Na “Dança da Chuva”, de Silvério, quem não entrar no ritmo vai “tomar chá de cadeira”, sem água! Vamos rezar para chover, pessoal!

A notícia que tem impactado os friburguenses nos últimos dias é a venda do salão social do Clube de Xadrez. Mais uma perda patrimonial para a história de Nova Friburgo. Pela beleza do espaço interno, a fachada e o seu entorno,  pelo prédio, guardião de tantos momentos marcantes, tantos carnavais iluminados, tantas e tantas vezes abrigando eventos, por tudo, enfim, uma perda irreparável.

Voltando ao afrouxamento da solidariedade no atual momento pandêmico, é preciso entender e “aceitar” que, como se diz, “é vida que segue”, é povo que se espalha. A economia precisa fluir porque, caso contrário, a saúde para. Uma coisa depende da outra e, embora haja conflito, elas caminham misturadas. Sabendo-se que há pessoas com sede de movimentação, o turismo é uma fonte onde se hidrata o corpo sedento de passeios e de entretenimento.

O “feriadão comprova tendencia de alta na retomada do turismo”, ressalta a manchete, com previsão de mais de 80% de ocupação nos hotéis em Nova Friburgo. O dia 7 é da Independência, salve! “Já podeis da Pátria filhos” sair, cautelosamente, observando os cuidados com a pandemia! No entanto, é preciso “ver contente a Mãe gentil”, com todos os seus filhos plenamente seguros e felizes, pois, ainda não raiou aquela tão sonhada liberdade no horizonte do Brasil.

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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