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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 01 de dezembro de 2020

Nas asas da natureza, o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe um verdadeiro bálsamo para os olhos com a beleza das aves. O Parque Estadual de Três Picos, em outubro de 2019, desenvolveu o Programa Vem Passarinhar, quando foram registradas 239 espécies de aves. O programa foi idealizado para “inspirar e unir pessoas interessadas em proteger e desfrutar da observação de aves em unidades de conservação”.

Enquanto grupos se reúnem para a proteção do meio ambiente, a pauta da cúpula do G-20 colocou em destaque o comércio ilegal de animais selvagens em todo o mundo, inclusive, o Brasil é citado como fornecedor. O relatório “Crueldade à Venda”, da ONG Proteção Animal Mundial, destaca que é desconhecido o número de animais silvestres em cativeiro e muito menos se tem noção de “quantos são caçados”. Só no estado de São Paulo há relatos de que são apreendidos “cerca de 30 mil animais por ano”.

No Sítio Virtuoso, no distrito de Lumiar, as aves podem passarinhar à vontade. A proprietária do sítio, Adriana Mendes, conta a façanha de como foi a “reviravolta” para não se desfazer do espaço e, ainda por cima, transformá-lo em local turístico. Em sua narrativa, “já foram registradas cerca de 170 espécies na propriedade”. Entre aves exóticas e as mais belas combinações de cores em plumagens, as espécies são tantas que teríamos dificuldades para apreciá-las amplamente.

Há que se encantar também com a leveza de um beija-flor, com suas asas inquietas, produzindo movimentos de 70 batidas por segundo. A liberdade é o bem precioso das aves e muita gente comparou, no início da pandemia, o fato de se ficar preso em casa com a prisão das aves no pequeno espaço de uma gaiola. O poeta Olavo Bilac é autor de “Pássaro Cativo”, um dos mais lindos poemas em defesa da liberdade das aves, de onde destaco três versos: “Não quero o teu alpiste! / Gosto mais do alimento que procuro / na mata livre em que a voar me viste...”. 

“Falha na transmissão da TV Tupi irrita a população” – Que coisa mais patética, porém, ninguém se espante, pois este acontecimento está na coluna “Há 50 Anos”. Era o tempo de ir ao terraço girar a antena para tentar uma melhor imagem na televisão. Se chovesse, então, a transmissão começava a chuviscar. Quem diria que já passamos por isso!

Enquanto no ano de 1970 tínhamos o grave problema da transmissão de imagem, agora, em 2020, a transmissão é outra muito mais séria e dolorida, porque enfrentamos a pandemia do coronavírus. Números crescendo, e a bandeira amarela estacionada no mastro da incoerência. Bem faz a Acianf que já reduziu o horário de atendimento, agora das 12h às 17h, justamente para proteger seus colaboradores e o público a ser atendido. A prefeitura tenta agir fiscalizando, atuando irregularidades, mas nada parece intimidar o descaso dos transeuntes, em geral. Em “Massimo”, uma reflexão de  Khalil Gibran: “Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria”. Fica o recado.

Para o novo governo do prefeito eleito, Johnny Maycon, além de sua gestão se iniciar em plena pandemia, os desafios são incontáveis: chuvas de verão que abalam a cidade, com alguns problemas ainda sem solução desde 2011. Outro agravante é o  término em 31 de dezembro do contrato com a empresa responsável pela alimentação nos setores do nosso Hospital Maternidade. Falando nisso, a Alerj aprovou no último dia 19, a lei que regulariza a “assistência de doulas em partos”. A lei ainda não é amplamente conhecida e o fato tem causado constrangimentos, como relatou a doula  Mica Borba.

Qual é o seu lugar preferido em Nova Friburgo?” – A pergunta do entregador friburguense, Warley da Silva, em uma rede social, provocou mais de 160 comentários em pouco mais de 24 horas. Muita gente respondeu “a minha casa” e grande parte não especificou um local, respondendo “todos os lugares”. Na verdade, amar a própria casa e expandir esse amor para Nova Friburgo é a combinação perfeita, pois, como diz Warley, “nossa cidade é maravilhosa e acho que não conseguiria viver em outro local, com esse ambiente tão bucólico e urbano ao mesmo tempo”. Eu penso exatamente assim!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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