Uma data que se multiplica todos os dias do ano

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 10 de março de 2020

É assim que o Caderno Z festeja a data mais badalada do calendário feminino – O Dia Internacional da Mulher  - “Oito de março - a luta continua...”. Não é para menos, pois este é o ser que reúne vários seres numa só pessoa. Sem exagero, uma mulher, mesmo sem formações acadêmicas, consegue dominar as mais distintas áreas de atuações. Ela pode ser pediatra, quando beija o dodói de sua criança e o choro se acalma num piscar dos olhos. Ela domina a psicologia, quando abranda as inquietações dos filhos. É uma boa financista ao administrar os gastos familiares. É uma corajosa desbravadora das intempéries, das chuvas, do frio, do sol escaldante, quando tem que sair para as lutas do dia a dia. Enfim, é sem limites a sua jornada de envolvimentos. São as guerreiras da paz!

E tudo começou por conta daquele incêndio na fábrica têxtil de Nova York, em 1911, quando 130 operárias morreram carbonizadas. A tragédia acendeu a chama das lutas pelos direitos de igualdade das mulheres. A trajetória dessas lutas tem atravessado o mundo e as épocas, às vezes, em passos lentos, mas sempre em busca das conquistas feministas. Mesmo que ainda os dados estatísticos mostrem uma deficiência, quando comparadas com os direitos masculinos, as vitórias têm sido otimistas. Mulheres que se destacam em projetos mundiais, que estão no topo dos empreendimentos, que aparecem bonitas nas fotos, nos eventos, são as mesmas que estão no anonimato, desempenhando seus papéis com a desenvoltura de quem nasceu para bem servir a humanidade.

Seja uma cientista na descoberta do “genoma viral” na expansão do coronavírus, seja no mercado da moda ou no mercado das frutas, procurando preços baixos, a mulher é a guardiã da sensatez e deve fazer uso de sua competência para a composição de uma sociedade melhor. Como bem disse Wanderson Nogueira: “ Mulher! Aceita teu destino de amazona. Impede o assédio moral e físico e denuncia sem dó ou piedade... Mergulha na intenção da igualdade e luta cotidianamente por esse lugar teu...”.

Seja como uma Clarice Lispector, festejada pelo seu centenário, neste mundo “ligeiramente chato”, a mulher precisa estar em todas, “porque o importante é estar junto de quem se gosta”. Seja num “musical infantil”, discutindo questões de gênero, em “Gabriel só quer ser ele mesmo”, a mulher tem voz ativa. Seja no cinema, comemorando o centenário de Fellini ou atuando nas trilhas, a mulher sabe dar o recado. Seja nas exposições, como em “Da Memória ao Cosmos”, em mostra coletiva, usando seu talento para encantar os espíritos. Seja na Real Banda Euterpe, abrindo as comemorações dos 157 anos da agremiação musical, dominando as partituras ou levando o legado adiante, a mulher é peça chave, porque abre as portas para as possiblidades de todos.

Seja na Associação de Amigos e Moradores de Amparo, lutando pelas melhorias do distrito, a mulher observa o cotidiano e sabe bem onde o “calo” dos moradores dói. Seja contornando as dificuldades das linhas de ônibus, com percursos alterados em virtude de lama e buracos, ou até mesmo assumindo a condução dos coletivos, a mulher é uma excelente condutora da situação humana. Seja no Cordoeira, denunciando o abandono da Unidade Básica de Saúde; seja nos “Dias D” de vacinação, levando os filhos ou atuando nos atendimentos, a mulher confere à saúde uma importância vigilante.

Seja nos esportes, dando pautas para Vinicius Gastin, pois, quantas e quantas vezes as mulheres estão nas manchetes! Maratonas, nados, vôlei, basquete, nas mais variadas modalidades, a mulher tem sempre um pódio à sua espera. Seja à frente das instituições, como Rosângela Cassano, presidindo o Rotary Clube Nova Friburgo: - uma mulher dando honras e suporte a tantas outras. Na política, na educação, na justiça, nas igrejas, em tudo o que demandar bom senso, há sempre a inteligência feminina guiando as estratégias. Seja como em A VOZ DA SERRA, a começar pela nossa diretora, Adriana Ventura, há sempre o zelo e a parceria da boa conduta feminina – ousada, cuidadosa, acolhedora e, por demais, eficiente. Parabéns Mulheres. Nosso dia é todo dia!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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