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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

O Caderno Z do último fim de semana comemorou o Dia do Médico, celebrado no domingo, 18, com uma edição muito especial. A medicina tem sido a guardiã da vida humana desde os primórdios da existência e não se pode conceber o mundo sem ela, afinal, o bem mais precioso que podemos ter é a saúde. Nestes tempos de pandemia do coronavírus, os profissionais que atuam na linha de frente da Covid-19 têm sido os heróis da pátria. A leitura deste caderno nos comove e nos leva a refletir sobre a coragem desses profissionais que se doam ao trabalho, muitas vezes, sem as condições necessárias para a proteção da própria vida.

“Jovens médicos recém-formados” – impossível ler e não se emocionar. Médicos de vinte e poucos anos, diplomados neste ano de 2020, relatam suas experiências, seus medos e expectativas no enfrentamento da Covid-19. Carina Dias expressa “a angústia de querer fazer tudo o que estiver ao seu alcance pelos pacientes” e mesmo não tendo a experiência dos “colegas mais antigos”, está consciente do valor do aprendizado.

Para Vitória Aragão Carestiato, sua formação antecipada, apesar do “desespero que veio junto”, a oportunidade é de “ressignificar” tudo ao seu redor e se “valer da solidariedade e unir no bom senso”. Lucas Vahia Concy, 23 anos, já reconhece que “a medicina, muito mais que uma exigência física ou intelectual, demanda um amadurecimento da alma”. O jovem doutor já sentiu o drama de perder uma paciente, sem que ela ao menos se “despedisse” dele. Nas lições que tem aprendido, dr. Lucas alerta para a valorização dos pequenos momentos e ressalta: “acho que seremos mais conscientes em nossas escolhas políticas, afinal, uma gripezinha não leva mais de 150 mil vidas”. Não leva mesmo!

Falando em política, com algumas alterações como o fim das coligações para vereadores, o pleito deste ano sofre com a falta de comícios. Assim, mais do que antes, as redes sociais são as vias de comunicação dos candidatos com os eleitores. Mas fica bem claro que publicações que, por exemplo, “permitam a disseminação de fake news” serão “monitoradas, investigadas e coibidas”.

Sobre meio ambiente, ninguém precisa ficar uma pilha, com nervos à flor da pele, por não saber o que fazer com pilhas e baterias usadas. Nossa cidade está dotada de coletores para receber esses materiais. No Centro, o coletor está localizado na Rua Prefeito José Eugênio Müller, perto da esquina com a Rua Portugal. Em Lumiar, a cervejaria Lumiarina instalou um coletor na porta da fábrica.

Em “Há 50 anos”, o Mobral produzia os primeiros frutos em Nova Friburgo. Agora em 2020, parece ter gente alfabetizada com dificuldades de ler e de interpretar textos. Principalmente os relacionados às medidas de restrições da pandemia. Aglomerações, ruas lotadas, gente sem máscara são flagrantes comuns na cidade. Aliás, entramos no estágio “bandeira verde”, com “risco muito baixo de contágio”, mesmo com 3.500 infectados e 147 mortes. Entre as medidas de flexibilização, destaco: casas de festa no máximo de 120 pessoas e ainda com distanciamento de dois metros entre as mesas. Vamos pensar: quem numa festa vai se preocupar em ficar “sentadinho em seu lugar”? Festa é para festejar. Com os comes e bebes, as máscaras vão cair e depois de umas boas taças de vinho, cairão também os protocolos! Como bem se vê, está difícil para todo mundo.

Voltando ao “Z”, a edição pelo Dia do Médico, deveria ser reproduzida num outdoor para que as pessoas pudessem entrar no espírito real da pandemia, sem duvidar de suas consequências desastrosas, tanto para a população, quanto para quem cuida da saúde de uma cidade. A VOZ DA SERRA também trouxe o cardiologista Marcelo Orphão que, em entrevista com Ana Borges, ressaltou não somente sua experiência médica atuando na pandemia, mas fez relatos emocionantes de sua condição de paciente da Covid-19. Apesar de compreender as dificuldades que os setores da educação enfrentam, dr. Marcelo também é contra o retorno das aulas neste momento e alerta: “Que ninguém se iluda: a vacina não trará uma vida normal num instante”. Suas considerações são bem claras. “As lições sabemos de cor... só nos resta aprender”. 

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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