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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 08 de dezembro de 2020

Em comemoração ao Dia Nacional do Samba (última quarta-feira, 2), o Caderno Z é a própria passarela, um verdadeiro desfile de joias da música brasileira. A história registra que “as primeiras rodas de samba surgiram misturando-se os elementos do batuque africano com a polca e o maxixe”. Interessante que essa história sempre nos traz nomes como João da Baiana (1887) e Donga (1890), dois sambistas que abriram caminho para que chegássemos a reunir uma constelação de nomes, como Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Zé Kety e tantos outros que o espaço da folha A4 nos impede de citar. A exemplo, Cartola, nascido em 1908, deixou-nos um legado, tão intenso e maravilhoso, que a gente acredita que as rosas falam, sim, em todas as suas canções.

O Caderno Z nos conduz ao mundo encantado de alguns clássicos do samba. “Quem te viu e quem te vê”, de Chico Buarque, é um verdadeiro poema de achados que saltam aos nossos olhos e “se você sentir saudade por favor não dê na vista, bate palma com vontade, faz de conta que é turista...”. O amor é um tema inesgotável e em “Foi um rio que passou em minha vida”, Paulinho da Viola definiu: “amor não é fácil de achar...”. Mas, se der errado, Paulo Vanzolini receita: “Levanta, sacode a poeira, dá volta por cima...”.

Veio também a magia do samba-enredo, como em 1989, no carnaval da Imperatriz Leopoldinense: “Liberdade, liberdade! / Abre as asas sobre nós/ e que a voz da igualdade /seja sempre a nossa voz”. Os versos certeiros de Dorival Caymmi, resumem tudo: “Quem não gosta de samba / bom sujeito não é / é ruim da cabeça ou doente do pé!”. Deixar o Caderno Z é sempre um desafio, mas “se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí, levando um violão debaixo do braço...”. Afinal, como  revelou Nelson Sargento, “o samba é um bonito modo de viver!”. Quem vive o samba, vive bem!

Em “Esportes”, Vinicius Gastin trouxe a boa nova dos bastidores do filme “Born a Champion”. Para nosso orgulho, uma estrela do filme é o nosso Edson Barboza, no papel de vilão. A experiência do astro do UFC, que ficou 15 dias em Hollywood para as gravações, foi marcante , embora muito diferente da vida real já que o seu personagem é o vilão, “ambicioso e poderoso”, o oposto do nosso ídolo friburguense. Sucesso! Destaque também no cenário internacional é a friburguense Suzanila Sanches, inspetora da Anvisa, que integra a delegação do Brasil para a inspeção da fabricação de vacina na China. Na coluna “Sociais”, o destaque é tia Carmelita completando 98 anos. Que linda!

A pandemia do coronavírus continua afrontando as nossas expectativas de dias melhores. Números de contaminados e mortes aumentando e ficamos a ver navios no mar de tanta insegurança. Em âmbito estadual, a situação é a mesma e o governador em exercício, Cláudio Castro, entre outras medidas, autorizou o funcionamento dos shoppings de todo o estado no período de 24 horas para dar mais opções de horários para as compras de Natal, evitando aglomerações. Em Nova Friburgo bandeira vermelha, mas com muita flexibilização ainda e os protocolos ficam muito bonitos, mas só no papel.  

O prefeito eleito Johnny Maycon tem agenda intensa e no destaque, o encontro com o movimento #voltacentrodearte. Na “Linha do Tempo”, o movimento foi criado em 10 de setembro deste ano e já nasceu robusto, pleiteando a recuperação do espaço, com pelo menos 80 lugares, já que o antigo teatro possuía 100 lugares.

Na matéria de Adriana Oliveira, nós, os “amigos do Júlio”, já sentimos o sabor da saudade de sua presença atenciosa e carismática. É como se cantássemos “naquela mesa está faltando ele...”. Amigo de Nova Friburgo, amigo de todos, amigo da trova, sua passagem para o plano superior é recebida com pesar na cidade. Que pena!  E A VOZ DA SERRA, desde 1945, initerruptamente, registra a nossa história de alegrias, de tristezas, de todos os sentimentos. Lançado o selo comemorativo dos 75 anos do jornal, nossa voz perpetua sua trajetória na certeza de quem herdou um legado que se moderniza e se expande pelo mundo, sem perder a sua nobre essência. Parabéns!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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