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Respeito é bom...

Paula Farsoun
Com a palavra...
Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.
“Respeito é bom e todo mundo gosta”, diz a frase. Ser respeitado realmente é algo bastante reivindicado. Mas respeitar... bem, aí a coisa muda de figura. Respeitar pessoas é mais do que um ato de educação, de civilidade. É uma escolha de vida, um princípio essencial para a construção de uma sociedade mais equilibrada. Quando respeitamos o outro, reconhecemos sua individualidade, sua história e seu direito de existir com dignidade. Compreendemos que há espaços a serem respeitados, limites através dos quais não devo forçar a passagem. O respeito é a base das relações saudáveis e, quando praticado de forma genuína, traz como consequência algo valioso: paz. Eis algo que dinheiro nenhum compra, a verdadeira paz de espírito. E posso apostar que muito deste sentimento advém da consciência tranquila de que a sua forma de existir não fere nem ao outro e nem a si mesmo, a partir do momento em que o respeito pauta suas relações.
Vivemos tempos de intolerância e pressa. No trânsito, no trabalho, nas redes sociais, no âmbito das relações íntimas e privadas, e também com estranhos, no campo individual e coletivo, a falta de respeito se impõe de maneira por vezes abrupta, violenta e, por outras, silenciosa, mas destrutiva. Julgamos antes de conhecer, falamos antes de ouvir, reagimos antes de compreender. Colocamos nosso ego à frente dando importância maior às vontades próprias, custe o que custar. Criamos conflitos desnecessários e nos afastamos uns dos outros. No fundo, ao desrespeitar o próximo, estamos criando muros dentro de nós mesmos. E isso nos afasta da serenidade que tanto buscamos.
Respeitar pessoas não significa concordar com tudo, mas reconhecer que cada um tem sua própria trajetória, seus desafios e sua maneira de ver o mundo. Significa saber o momento de falar e o momento de silenciar, entender que o outro merece consideração mesmo quando suas opiniões e atitudes diferem das nossas. O respeito não exige que sejamos iguais, apenas que sejamos justos.
A paz nasce do respeito. Quando tratamos os outros com consideração, recebemos de volta o mesmo cuidado. Quando evitamos alimentar conflitos desnecessários, libertamo-nos de pesos que não precisamos carregar. Quando aceitamos que cada um faz o melhor que pode dentro das suas possibilidades, deixamos de lado a amargura e encontramos a leveza.
O respeito é uma via de mão dupla. Ele fortalece laços, cria oportunidades de diálogo e torna a vida mais harmoniosa. É ele que nos permite viver em sociedade sem atropelar o espaço do outro. É ele que nos faz crescer como indivíduos. Quem respeita, abre portas. Quem desrespeita, ergue barreiras. E a escolha entre ser ponte ou muro é diária.
Respeitar pessoas é, no fim das contas, respeitar a própria vida. É um ato de amor e consciência. Que possamos escolher essa prática todos os dias. Porque é no respeito que encontramos a verdadeira paz de espírito.

Paula Farsoun
Com a palavra...
Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.
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