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Corda puída
Paula Farsoun
Com a palavra...
Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.
Você consegue sentir quando a corda está prestes a ruir? Sabe aquela situação em que você percebe claramente que o ciclo está em vias de se encerrar? Pois é. A gente sente. Isso vale para todo tipo de relação. Acho que não é premonição. Talvez, intuição. Pode ser. Mas também pode ser sinal sobre o limite que tudo tem, a proximidade com o cume da montanha. Chega um momento em que não dá mais pra subir, sabe? Aí, é escolher ficar por lá ou pegar o rumo da descida, desbravar o caminho de volta ou mesmo mirar num próximo destino.
Uma coisa é latente, ter um bom motivo para subir ou descer, escolher ir ou ficar, acaba fazendo a diferença. Usando a metáfora da montanha, quando a gente está lá em baixo e vislumbra o topo, por qual razão tomaríamos a decisão de subir? O que nos moveria até lá, fazendo o esforço que precisa ser feito?
A motivação é mesmo um ingrediente especial da vida e ela vem de diversas formas, como combustível para realização de diversos objetivos, dos mais simples e rotineiros, aos grandes sonhos. É verdade também que motivação não cresce em árvores, não se vende, não é produzida em larga escapa e nem se retroalimenta. Esse é o problema. E o que isso tem a ver com a pergunta inicial sobre a corda puída? Tudo.
Muitas vezes, pouco antes de percebemos que aquele elo está ruindo, prestes a arrebentar, nos damos conta de que os sinais já estavam claros antes, manifestados pela falta de motivação justamente em dar prosseguimento. Essa lógica vale para relações de trabalho, afetivas, de parcerias e todas as outras mais.
A sensação de estarmos motivados para algo, se junta ao plano de vários sentimentos bons, como a esperança em realizar, fazerem as coisas darem certo e até mesmo buscarmos produtividade. Transforma, faz os olhos brilharem, resgata sonhos, motiva. E então, por que não refletirmos quando esse sentimento foi perdido, se é que o foi. No íntimo de cada um, não é difícil perceber quando o desânimo, a frustração, a acomodação e o pessimismo tomaram o espaço ao desejo de que algo se torne realidade. Dá pra saber quando a hora, na verdade, já passou.
Paula Farsoun
Com a palavra...
Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.
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