Alerta de Gatilho

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

quinta-feira, 21 de março de 2024

         Esta semana estamos recebendo inúmeros avisos, mensagens, compartilhamento de reportagens, a respeito do alerta de chuvas fortes no Estado do Rio de Janeiro nos próximos dias. Nós, que temos cravada em nossa história a tragédia de 2011, sentimos este alerta como uma ameaça à nossa segurança, nossa cidade, nossas famílias e tudo mais. É como um gatilho que nos faz rememorar as dores vividas em nosso passado próximo.

         Os avisos meteorológicos estão percorrendo os lares e felizmente, a população parece estar em alerta. O Jornal A Voz da Serra, na última quarta-feira, 20 de março, publicou uma reportagem noticiando a possibilidade de chuva extrema em nosso Estado, incluindo a Região Serrana. O jornal O Globo noticiou que o diretor do Cemaden – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais descreveu que o cenário é de situação similar com a de janeiro de 2011.

         Fato é que há previsão de chuvas extremas em nossa região a partir de hoje, sexta-feira. A torcida é grande para que o cenário mude e que não haja transtornos de nenhuma ordem à população. Mas o sobreaviso é importante, para que façamos as melhores escolhas possíveis de modo a evitarmos nos colocarmos em riscos desnecessários.

         Inclusive, lembro-me bem que em 2011, quando nossa montanha chorou e tantas vidas foram perdidas, desejávamos ter sido informados sobre o que estava por vir, de modo a tentarmos buscar uma proteção. O tsunami caiu sobre nós e fomos pegos desprevenidos. Será que as consequências catastróficas que presenciamos teriam sido amenizadas pela prevenção ou mesmo o acesso à informação para que a população não se surpreendesse com tamanho caos? Provavelmente, sim.

         E é por acreditar que podemos minimizar consequências de tragédias por meio de informação, embora infelizmente, nós, população, de maneira geral não possamos evitá-las, dedico esse espaço, substituindo o texto preparado para hoje, para também alertar sobre a iminente chuva forte que deve se aproximar nesse final de semana.

         Certamente o pânico não contribui e nem a propagação de informações falsas ou especulações. Mas é necessário que atribuamos credibilidade às fontes oficiais e autoridades para que possamos, tanto quanto possível, nos resguardar.

         Por aqui, um alerta de tempestade como esse é um baita gatilho de dor e medo. Contudo, um fato sobre a vida é que os episódios difíceis que enfrentamos podem engrenar uma experiência de vida capaz de nos ajudar a enfrentar desafios futuros. Estejamos, pois, alertas.

         E vamos torcer para que toda essa instabilidade que notamos no clima ultimamente, também confronte as piores previsões e nos surpreenda com chuvas mais brandas, população protegida e ausência de prejuízos. Quem sabe conseguimos observar um arco-íris no céu. Todos sãos e salvos. Cuidem-se!

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Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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