Passaporte da vacina

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Passaporte da vacina
Com a alegria de constatar nenhuma morte e leitos completamente zerados por Covid-19, nos últimos dias, a prudência deixou de ser a máscara e passou a ser o passaporte da vacina, dentro do lema “Eu te protejo, você me protege”. Assim a Uerj, em norma interna válida para todo o estado, é um dos primeiros locais de Nova Friburgo a exigir o passaporte para entrar em suas dependências. A regra vai começar a valer a partir de 1º de dezembro. Quem não tiver tomado a vacina, estará impedido de entrar na Uerj, que funciona em um dos espaços da Fábrica Filó.

Desobrigação do uso de máscara
Em Nova Friburgo, diferente da capital e de várias cidades fluminenses e brasileiras, a prefeitura faz um silêncio ensurdecedor sobre adotar a medida e não dá qualquer indício de que a fará. Também não dá nenhuma pista de que abortará a medida, tardiamente adotada, que aplica multa para quem não estiver usando máscara.

Capital liberou
O Governo do Estado do Rio já liberou a não obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos e sem aglomerações. Mas cabe a cada município decidir sobre a liberação. A capital foi a primeira liberar. Mesmo com a liberação, nas ruas do Rio de Janeiro, a maioria das pessoas continua usando máscaras nos espaços abertos. O fato é que a liberação não proíbe quem quer usar a proteção que se tornou um hábito já muito comum, mesmo antes da pandemia, em países como o Japão, por exemplo.

Por enquanto, nem ensaio
Em suma, os números de Covid-19 em brutal queda com o avanço da vacinação permitem uma flexibilização que caminha para a volta de uma normalidade, em que se discute o fim da obrigatoriedade das máscaras, desde que haja a exigência do passaporte da vacina. Tramita na Câmara de Vereadores, um projeto de lei que exige o passaporte de vacina para entrar em locais fechados. No entanto, por parte do comando da municipalidade, por enquanto, nem fim da obrigatoriedade da máscara, tampouco passaporte da vacina.

Atraso no sistema diminui...
Conforme A VOZ DA SERRA noticiou em sua edição de ontem, 9, segundo a Prefeitura de Nova Friburgo, 80% da população foi imunizada com a primeira dose e pelo menos 67% com a segunda dose. O que mostra elevado número de pessoas que estão voltando para tomar a segunda dose. Ainda que o comprovante em papel valha como passaporte de vacina para a adoção da medida no município, um dos empecilhos - além dos ideológicos - pode estar no atraso da colocação da comprovação no sistema online da plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS).

Mas continua
Atraso esse que já foi bem pior. Segundo dados da plataforma SUS, 10% das vacinas de primeira dose que a prefeitura diz ter aplicado, ainda não estão no sistema, ou seja, aproximadamente 15 mil. Já para segunda dose, o número é mais elevado e chega a 32% das vacinas aplicadas não cadastradas, ou seja, 37 mil doses.

Veículos zero
A fila para conseguir comprar um veículo zero, direto da fábrica, no Brasil está chegando aos 300 dias. A espera varia de acordo com o modelo de veículo, mas a média nacional chegou a absurdos 180 dias. O problema afeta também as concessionárias locais que tem usado da tradição e prestígio para diminuir o prazo ao máximo para os friburguenses. O desarranjo na cadeia produtiva de automotivos, por conta do fechamento de fábricas no ápice da pandemia é um dos motivos desse atraso.

Hora de vender o usado?
Com isso, o preço do carro usado disparou e não é incomum vender por um preço maior do que comprou. A venda de usados disparou com aumento de 55% em comparação ao ano passado. Por conta da crise dos chips, escassez do produto no mercado, houve uma diminuição de 21,3% na produção de veículos em comparação de setembro deste ano com o mesmo mês no ano passado.

Fechará as portas
O Casarão de Minas, depois de 17 anos de atividade, vai encerrar as suas atividades. O bar e restaurante, na Praça Getúlio Vargas, que começou com a proposta de ser um armazém anuncia o seu fechamento para janeiro de 2022. O anúncio, feito nas redes sociais, pelos proprietários Patrícia e Fernando Aragão, no entanto, pede que seja uma despedida leve e divertida, como sempre foi a história do estabelecimento.

Vai deixar saudade
Prestes a atingir a maioridade, ficará certa nostalgia de um espaço que fez história. Dos bailes de carnaval aos pratos que só se encontra lá, como a cestinha de provolone com torresmo e linguiça mineira. Ainda que bastante copiado, é inconfundível o filé com gorgonzola do Casarão. Sem contar a batata rosti nas suas variações de recheios. Para além do cardápio, o atendimento sempre solícito, uma marca da gestão do espaço.          

O adeus a Cesar Namer
A família de Cesar Namer, proprietário do famoso restaurante Arroz com Feijão, pretende cumprir um último pedido do ente: jogar as suas cinzas no canteiro em frente ao restaurante, no início da Avenida Alberto Braune. O corpo foi cremado, como também era vontade dele, na última sexta-feira, 6, após um velório com a presença de centenas de pessoas que se revezaram na despedida. 

Cinzas na presença de amigos
Mas não e só espalhar as cinzas na cidade que mais amava pela família e amigos. Cesar também pediu que todos fossem com a camisa do Fluminense. Com a ressalva, devidamente discutida em vida, de que também permitiria camisas do América-MG e do Friburguense, suas outras paixões. A família vai marcar a homenagem que caracteriza muito quem foi Cesar Namer: um apaixonado, bem-humorado e piadista incorrigíveis.

Palavreando
“A vida e o tempo são as grandes engrenagens dessa fábrica de saudade. Uma lágrima escapole para temperar o sorriso de quem sabe que foi feliz. Felicidade produz saudade, tanto quanto o amor”.

 

 

Foto da galeria
Já é tradição a participação de músicos de Nova Friburgo nos realities shows musicais da Globo, da franquia The Voice. Nesta temporada, quem foi selecionado para a audição diante dos jurados foi Lucas Martins, de 24 anos. Ele se apresentou com a música de Jorge Vercilo, “Final Feliz”. Apesar da boa performance, as cadeiras de Carlinhos Brown, Lulu Santos, Claudia Leitte e Iza não viraram para o friburguense. Michel Teló - na função de técnico da repescagem (novidade desta temporada) - também não salvou o talento local. Chegar à fase da audição às cegas certamente já é uma vitória. Lucas se apresenta em eventos e bares da cidade e região.
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