Friburguense em alto Conselho da ONU

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.

sexta-feira, 25 de março de 2022

Friburguense em alto Conselho da ONU
A friburguense Ilona Szabó foi nomeada para o recém-criado Conselho Consultivo de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU, a Organização das Nações Unidas. O conselho composto por 12 membros tem foco na melhoria da governança de bens públicos globais. A friburguense é a única representante latino-americana entre os membros do conselho.

Cúpula do Futuro
Presidente do Instituto Igarapé, Ilona Szabó, é uma das figuras mais respeitadas do país no que tange às Ciências Políticas, especialmente, na área de segurança pública. No Conselho Consultivo do Secretário Geral da ONU, entre as tarefas está tornar mais efetivos acordos multilaterais em uma série de questões, como clima, desenvolvimento sustentável, paz, espaço digital e arquitetura financeira internacional. Os itens vão servir de subsídios para a Cúpula do Futuro, em 2023.

Chefes de Estado no Conselho
Nesse conselho, destaque para duas figuras internacionalmente conhecidas que já foram chefes de Estado: Ellen Johnson Sirleaf, presidente da Libéria (2006 e 2018) e vencedora do Prêmio Nobel da Paz e Stefan Löfven, primeiro-ministro da Suécia (2014-2021).

Polêmica nacional
A friburguense Illona Szabó esteve no centro das discussões políticas, em 2019, após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ter desautorizado o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, a indica-la para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Na época, o próprio ministro admitiu que a revogação foi provocada por "repercussão negativa em alguns segmentos" da sociedade. Ele não disse quais, mas notadamente apoiadores de direita do presidente.

Queda de Moro
Na época, após a revogação da nomeação, Ilona Szabó afirmou que "ganha a polarização" e que "a pluralidade é derrotada". Ela disse lamentar não poder assumir o mandato "devido à ação extremada de grupos minoritários". Ilona é conhecida por sua posição contrária à flexibilização do porte de armas e se posiciona contra a redução da maioridade penal para 16 anos, sempre com argumentos baseados em números e perspectivas.

Vida que segue
Essa foi a primeira fissura do então ministro com Bolsonaro. Outras se seguiram até a  saída do Governo. Ambos concorrerão agora ao cargo de presidente. Illona Szabó segue à frente do Instituto Igarapé, com palestras sobre seus livros e artigos e agora no poderoso Conselho da ONU.  

A melhor cachaça é da Região
A melhor cachaça do Brasil é do Centro-Norte fluminense. A cachaça Da Quinta Prata, produzida no município de Carmo, foi eleita, entre 50 finalistas, a campeã de 2022. A decisão foi de um renomado júri que bienalmente é formado pela Cúpula da Cachaça para decidir, em testes cegos, quais são as melhores.

Vitória inesperada
A cachaça prata é do gênero branquinha, ou seja, límpida e transparente, sem a passagem por barricas de madeira que conferem sabores à bebida. Geralmente, essas são as vitoriosas, justamente, pelo adicional. Mas nesse ano, uma branquinha vencer gerou surpresa em todos os jurados. Por óbvio, a cachaça foi também a vencedora na sua categoria. Já na categoria madeira, a campeã foi a mineira Anísio Santiago.

Premiadíssima
A produção da cachaça Da Quinta é centenária e, atualmente, segue na mesma família que a criou, mas agora totalmente gerenciada e pensada por uma mulher, Kátia Alves Espírito Santo. A vencedora é armazenada por seis meses em aço inox. A marca carmense já conquistou outros títulos e medalhas importantes e já fulgura entre as mais premiadas do país. Tem ainda certificação como orgânica. 

Alpendorf
E os talentos da nossa região não param. A cervejaria friburguense Alpendorf conquistou mais um prêmio. Foi vencedora do Concurso Brasileiro de Cervejas 2022, realizado em Blumenau-SC, na categoria The Beer Spirits of Kentucky. Com o rótulo Kentucky Common arrebatou a medalha de prata. O estilo é uma homenagem à cerveja vendida entre 1900 até a Lei Seca norte-americana, na área de Lousville. Durante o período de 1920 a 1933, o estilo foi extinto.

Homenagem a músico
Leve, de cor acobreada, rica em sabores maltados, segundo seus produtores, lembrando um biscoito. Com EBC (cor da cerveja): 19, IBU (intensidade de amargor): 22 e ABV (teor alcoólico): 5,2%, a cerveja é uma homenagem ao músico Sérgio Knust. Pode ser adquirida na fábrica e espaço de convivência da Alpendorf, na Queijaria Suíça, em Conquista ou pelo site da cervejaria.

Grande concurso
A medalha tem tamanha importância quando se olham os números e o peso do Concurso.  Nesse ano, a competição contou com 3.635 amostras inscritas de 537 cervejarias de 21 estados do país, o maior número em dez edições. Os rótulos foram avaliados por 106 especialistas, de 21 países, escolhidos a dedo e que experimentaram as bebidas em testes cegos. A grande campeã foi a cervejaria Além Bier, de Flores da Cunha-RS com quatro ouros, três pratas e três bronzes, Dez medalhas no total.  

Palavreando
“O que é felicidade, afinal? O homem desde muito tempo tenta responder a isso. Na teoria. Acredito que, na prática, cada um deve responder por si só. Não acredito em tese fechada para o conceito, mas acho que cada qual tem que descobrir a sua forma de encontrar bem-estar. Sabendo que para identificar o que é bom, a experiência do ruim não deixa de ser professora”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

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