Apesar de ser uma intervenção estadual, o prefeito dá seu apoio às obras de drenagem

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Tenho de tirar o chapéu para o prefeito Johnny Maycon. Afinal é muito raro ver um prefeito que dá sustentação, a obras embaixo da terra, como a que está acontecendo na Avenida Alberto Braune. Muitos pensam que elas estão sendo executadas pela prefeitura e não bancadas pelo governo estadual. Na maioria das vezes, os gestores públicos preferem investir em obras que podem ser facilmente vistas pela população, admiradas e sob o solo, acabam não sendo vistas, mesmo que elas sejam necessárias, como é o caso da drenagem das águas pluviais no centro da cidade e adjacências. Aproveitaram, também, para fazer obras no Cônego e Olaria onde havia problemas com as chuvas muito fortes como as de verão.

Só mesmo um prefeito mais jovem e com vontade de mostrar serviço seria capaz de apoiar um mutirão mais do que necessário, mas desde há muito engavetado. Os transtornos ao trânsito de Friburgo são enormes, principalmente, numa cidade onde as alternativas são escassas. Agora mesmo, com a interrupção do início da Avenida Alberto Braune, aumentou o gargalo do Paissandu, pois todo o trânsito da principal via da cidade, em direção à Rua Moisés Amélio, tem de ser feito pela Avenida Galdino do Valle ou pelo Alto das Braunes, num percurso mais longo e que também desagua no Praça Marcílio Dias, centro nevrálgico de Friburgo.

Conversei com um dos encarregados da obra e ele me adiantou que os trabalhos param no carnaval, dando a entender que a Alberto Braune estaria concluída nesse período. Após as festividades de Momo elas continuariam pela Rua Monte Líbano. Aliás, nem posso imaginar como vai ficar o trânsito na Rua Augusto Spinelli, única a dar sentido ao bairro Braunes, partindo-se do centro da cidade. A outra alternativa seria pela rua ao lado do cemitério São João Batista, uma subida íngreme e estreita.

É inegável que o novo calçamento da nossa avenida mais famosa está muito bonito, mas é preciso que se pense num modo de estender esse visual por toda a via. Do início da Rua Augusto Cardoso em direção à prefeitura, permanecem, pelo menos por enquanto, os velhos bloquetes octogonais que são da época da última modernização da avenida, quando Heródoto Bento de Mello era o prefeito. Pelo que pude entender da explicação da pessoa com quem conversei, não está previsto mexer nas galerias subterrâneas a partir da Augusto Cardoso, apesar de em dias de temporais, acumular muita água em torno do supermercado Extra. Já houve épocas de a água invadir a frente do estabelecimento e as pessoas ficarem ilhadas lá dentro.

Se o constante alagamento, que é comum com as chuvas pesadas que têm castigado nossa cidade, prejudicando em muito o comércio local, muitas vezes com prejuízos materiais, forem interrompidos com as obras atuais, todo sacrifício não terá sido em vão. Mas, tem que ser um político ousado para persistir numa obra que bagunçou todo o trânsito da cidade. Nos meus 45 anos de morador de Friburgo, não me lembro de outro político que tenha tido a coragem para permitir que cavassem buracos, por tempo tão prolongado.

Será que um dia, com o problema das águas pluviais resolvido, teremos um prefeito com coragem e dinâmica para desatar o nó do Paissandu? À medida que Friburgo cresce esse tópico terá de ser abordado mais cedo do que pensamos. 

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