Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Contas
Para pensar:
“Não existem garantias. Sob a perspectiva do medo, nada é suficientemente seguro. Sob a perspectiva do amor, nada é necessário.”
Emmanuel
Para refletir:
“A vida longe das privações é lastimável justamente porque nos dá uma perspectiva para julgá-la. Cada vez que lavo as mãos penso nisso. E me absolvo.”
Carlos Heitor Cony
Contas
Algum astrólogo talvez possa dizer algo a respeito, mas para um leigo no assunto a impressão é de que na semana passada alguma conjunção especial deve ter se desenhado sobre o mapa de Nova Friburgo.
De fato, o surgimento de fatos relevantes se deu como numa erupção, de tal modo que alguns assuntos tiveram de ser deixados para depois.
Um deles, bastante relevante, apresentamos hoje.
Relembrando
O leitor habitual certamente se lembra de que tanto o Ministério Público Estadual quanto o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) recomendaram a reprovação das contas municipais referentes ao exercício de 2018, por razões que este espaço já detalhou no passado.
Da mesma forma, a coluna também já explicou que a eventual reprovação das contas por parte da Câmara Municipal pode redundar na inelegibilidade do prefeito, e naturalmente seria acompanhada de algum procedimento condizente com o entendimento manifestado pelos parlamentares.
Mau sinal
Pois bem, todo este enredo parece ter ganhado novas camadas recentemente, a partir do momento em que começaram a chegar por aqui os primeiros sinais a respeito das contas de 2019, em tom decididamente alarmante.
A coluna entende que está sendo cumprido um prazo de dois meses para análise dos dados, mas a tensão de alguns vereadores já é indisfarçável.
Com certeza, daqui até o retorno das sessões ordinárias muitas reuniões ainda vão ser realizadas, e não seria exagero dizer que o futuro político de Nova Friburgo no curto prazo está sendo definido nesses encontros.
Meteorologia
De fato, parece evidente que o plenário municipal será duramente testado neste primeiro semestre de 2020.
Caminha-se para um momento no qual os pactos que muitos parlamentares firmaram com o Executivo podem se mostrar conflitantes com interesses ou estratégias eleitorais, envenenando duplamente um ambiente que deveria ser asséptico e estar sujeito tão somente à voz da consciência de cada um, se é que ela ainda se faz ouvir.
Em suma: se janeiro já foi quente, fevereiro certamente não será diferente.
Educacional
Após ver por incontáveis vezes em nossas vias a cena de caminhões sendo descarregados de maneira irregular, com mercadorias sendo depositadas sobre a pista causando diversos transtornos à população, o agente Mauro, da Smomu, sentiu a necessidade de ir além do caráter repressivo e tomou uma atitude muito bacana: com recursos próprios ele imprimiu dezenas de folhetos reproduzindo o artigo 245 do Código de Trânsito Brasileiro (lei 9503/97), num esforço por promover a educação em nosso trânsito.
Aspas
A coluna evidentemente apoia a iniciativa, e divide com todos os leitores o que diz a legislação.
“Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via. Infração - grave; penalidade - multa; medida administrativa - remoção da mercadoria ou do material.
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável.”
Horas extras
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Friburgo (Sinsenf) foi procurado na manhã do último dia 22 por servidores subordinados à Secretaria de Serviços Públicos, mais especificamente do setor de sepultamento, alegando que há pelo menos dois meses não vêm recebendo pelas horas extras trabalhadas.
Apuração realizada pelo próprio Sinsenf a partir destes relatos apontou não se tratar de um caso exclusivo deste setor, mas de uma realidade compartilhada por diversos outros servidores.
Insatisfação
Em comunicado compartilhado com a coluna, o sindicato enfatiza que a atividade funerária é de caráter essencial.
Ao lembrar da circular 007, de 2019, através da qual a prefeitura informou a suspensão da contratação de horas extras, o sindicato argumentou que os trabalhadores continuam com a mesma rotina de trabalho complementar, mas agora sem receber por ela.
Negociação
O Sinsenf informou ainda ter oficiado a Procuradoria Geral do Município estabelecendo o dia 4 de fevereiro como prazo para que sejam efetuados os pagamentos em atraso, ou para que seja agendada uma reunião visando a conciliação entre sindicato e prefeitura, notificando que caso não se chegue a um acordo será deflagrada paralisação da categoria, ou mesmo greve de todo o setor.
Traffic calming
O ex-vereador Gustavo Barroso enviou questionamento à coluna, buscando entender por que o traffic calming da Avenida Euterpe está sendo instalado a 100 metros de um semáforo exclusivamente para travessia de pedestres.
A esse mesmo respeito, a coluna apurou que, de forma quase inacreditável, o poste próximo ao posto de combustíveis existente no local precisou ser trocado quatro vezes em quatro meses, em razão de ocorrências no trânsito.
O justo e o pecador
Ou seja, parece estar faltando maturidade para que os friburguenses dirijam seus veículos por 100 metros, sem alguma forma de controle externo de velocidade
Como sempre, o justo acaba pagando pelo pecador, e o fato é que circular em nossa cidade ou nas principais estradas de acesso se tornou algo tenso, sobretudo à noite e para quem não viaja com grande regularidade, dada a constante ameaça de ser surpreendido por um obstáculo físico novo, ou um radar mal sinalizado.
Espaço aberto
Para encerrar, a coluna também têm sido procurada por diversos pais de alunos questionando por que até agora não foi instalado um traffic calming na esquina das ruas Augusto Spinelli e Monsenhor Miranda, dado o risco representado pelo enorme fluxo de veículos e crianças, sobretudo em horários de entrada e saída escolar, às vésperas do início de mais um ano letivo.
Espaço aberto para a prefeitura responder a qualquer um dos questionamentos, se assim o desejar.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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