Autódromo

sábado, 15 de agosto de 2020

Para pensar:

"Discordar, debater sobre algo que não concordo, é fundamental para sociedades democráticas.”

Israel Lopes

Para refletir:

“Se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos é sonhar mais.”

Marcel Proust

Autódromo

A coluna já havia levantado esta lebre há alguns anos, com diversas repercussões - tanto favoráveis quanto contrárias - entre os leitores.

Pois bem, a cidade do Rio de Janeiro vive neste momento uma grande polêmica em torno da construção (ou não) do autódromo de Deodoro, onde atualmente existe a Floresta do Camboatá, uma das últimas a ter sobrevivido em meio à região metropolitana de nosso estado.

Demanda estadual

Apesar do evidente prejuízo ambiental e de toda a incoerência de se falar na construção de um novo autódromo após o crime cometido em Jacarepaguá, quando o interesse pela realização de obras que terminariam por irrigar pesados esquemas de corrupção condenou uma das pistas mais tradicionais do automobilismo mundial, o fato é que muitas forças se alinharam no sentido de suprir a demanda fluminense por uma praça que seja capaz de receber eventos de grande porte do esporte a motor, bem como abrigar todas as inúmeras atividades às quais um autódromo internacional habitualmente se presta.

Recursos externos

Tempos atrás a coluna achou por bem chamar atenção para esta situação, entendendo que ela talvez fizesse por merecer uma audiência pública voltada a analisar a possibilidade de que Nova Friburgo avaliasse a existência de algum terreno apto à construção da pista, possivelmente no distrito de Campo do Coelho, e consultasse a população a respeito do tema.

Afinal, a disponibilidade de recursos externos atualmente existente para este fim representa uma oportunidade a ser considerada, e uma obra deste porte, a custo tão reduzido, certamente traria a reboque o aeroporto e um reforço brutal no setor turístico, certamente o mais afetado pela Covid-19.

Exemplos

Quem já visitou lugares como Ímola, na Itália; Termas de Río Hondo, na Argentina; ou mesmo cidades brasileiras como Cascavel, Guaporé e Santa Cruz do Sul certamente teve chance de observar como cidades menores do que a nossa podem se tornar mundial ou nacionalmente conhecidas a partir de um empreendimento como este, tanto mais quando se leva em conta que não estamos falando da possibilidade de um autódromo de Nova Friburgo, que fatalmente teria pouca expressão, mas de um autódromo do Rio de Janeiro em Nova Friburgo, com todas as condições de receber eventos de primeira grandeza.

É proibido?

A coluna evidentemente sabe que o tema é polêmico, e que infelizmente as dificuldades vividas nas últimas décadas tornaram algo quase criminoso qualquer o debate em torno de iniciativas que não sejam relacionadas aos habituais problemas estruturais aos quais nos acostumamos.

Pensar grande, atualmente, parece algo proibido ao friburguense, como se nossa história não tivesse sido escrita por atos visionários, ousados e de grande desprendimento.

E aí?

Enfim, o colunista entende que a discussão é válida, e que pensar grande jamais nos será proibido.

Aliás, opiniões sobre o tema, sejam elas quais forem, são muito bem-vindas.

Situação de risco

A coluna tem recebido depoimentos de leitores bastante angustiados com o nível de lotação de alguns ônibus, em horários específicos.

De fato, considerando o ritmo atual de contágio da Covid-19 em nossa cidade, o risco representado por estas viagens certamente faz por merecer a atenção do poder concedente, ainda que a higienização dos coletivos tenha sido intensificada. 

Tem que mudar

Já dissemos antes e voltamos a repetir que, no atual estágio da pandemia, a discussão a respeito da possibilidade de subsidiar temporariamente a circulação de ônibus mais vazios, dando total transparência ao processo, parece pertinente e oportuna.

Não é admissível que o sofrimento e os medos da classe trabalhadora sejam tratados com menor atenção do que aquela que foi dedicada aos primeiros contaminados.

Por qualquer que seja a via, é crucial que sejam buscados atenuantes para esta situação.

Euterpe

Pouco após o episódio do traffic calming ter sido instalado sensivelmente fora das especificações, moradores da Avenida Euterpe Friburguense agora reclamam dos efeitos da transferência para lá do ponto de embarque em ônibus intermunicipais.

A coluna tem recebido diversas reclamações que vão desde o ruído até a fumaça, bem como questionamentos a respeito de não terem sido consultados previamente em relação à medida.

Por falar nisso...

E já que falamos na Euterpe, também chegaram questionamentos a respeito de como está sendo montada a ciclovia nas proximidades da ponte da Rua Sete de Setembro.

De fato, fica difícil não ter a impressão de que algumas coisas estão sendo feitas às pressas, na reta final do mandato.

Resta esperar que o resultado final seja satisfatório e, acima de tudo, seguro.

No momento, não é o que parece.

Primavera

É bonito, não?

O canto das britadeiras, o perfume do asfalto fresco tapando velhos buracos, as cores das fitas inaugurativas anunciando a chegada de mais uma primavera eleitoral.

Ao fim de mais um longo inverno, a mudança de estação sempre traz a esperança de dias melhores.

Feriado dos comerciários

Atenção gente, com a bandeira laranja em vigor na próxima semana, o comércio pode funcionar de segunda-feira a sábado, mas especificamente nesta segunda-feira as lojas de Nova Friburgo estarão fechadas. O motivo é a comemoração antecipada do Dia do Comerciário, oficialmente celebrado em outubro.

Graças a um acordo entre patrões e empregados, a folga merecida é antecipada para a terceira segunda-feira de agosto.

Parabéns à classe.

Foto da galeria
Avenida Euterpe Friburguense
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