Natal: Festa da Fraternidade

Há 50 anos

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Coluna que mostra o que foi notícia em A Voz da Serra 50 anos atrás.

sábado, 24 de dezembro de 2022
Foto de capa

Edição de 24 e 25 de dezembro de 1972 

Pesquisado por Nathalia Rebello (*) 

Manchetes 

Natal: Festa da Fraternidade - Liberado o coração do orgulho e do egoísmo, podemos usar as coisas do mundo com verdadeira liberdade e soberania. Elas não mais serão empecilhos que prendem o homem, mas instrumento de uma tarefa de empreendimento grandioso, de um trabalho exultante, que não será outro senão a construção do mundo da vida e do tempo, em seu verdadeiro sentido de glorificação de Deus. Assim, o Natal é sempre a festa da liberdade, da suprema fraternidade. A mensagem deixada pelo Mestre dos Mestres. A atração que sobre todos exerce o Menino Deus, cujo nascimento se comemora, nascido para segundo seu desejo, permanecer conosco, quer sejamos crentes, quer sejamos incréus, nos vem, mais que de tudo, da doçura que de sua história se evola. 

Através da lição de seu nascimento humilde, faz-as suas primeiras prédicas. Não como um potentado, mas como um pobre; não como um sábio, adulto e vivido, mas como uma criancinha; não como um forte, mas como a fragilidade mesma, assim nos quis chegar. Ele que nasceu para libertar, ei-lo ligado nas faixas e nos panos, nas palhas do presépio; Ele a quem legiões de anjos obedeceriam, quis nascer dependente de uma humilde mulher; Ele que é a Eternidade mesma, consentiu em nascer e em morrer para ser finito, como nós. Natal: Tradição Universal Natal, dia da Fraternidade Mundial. A cristaos e nao cristaos, aos homens de boa vontade de todo o mundo, dirigimos nossa mensagem: PAZ NA TERRA. Os católicos celebram, com o nascimento de Cristo, a redenção dos homens, cujo instrumento foi o sacrifício do filho de Deus. A sua mensagem de Fé. Mas de uma fé que não inclui a fé no destino do homem - que se vê hoje, mais do que nunca ameaçado pelos interesses dos mais mesquinhos. A cristandade, que pratica a sua fé no dia a dia, encontra também no contingente a sua tarefa imediata: construir um mundo melhor. Aos não-cristãos, que coabitam “este vale de lágrimas”, incumbe também a grave responsabilidade de edificar a paz entre os homens. O ponto de encontro é o diálogo. A eles lembramos que o Natal representa uma tradição universal, e que sua lição, válida para todos, é a lição da fraternidade humana. 

Solon de Pontes - Cidadão Carioca - Na ocasião do lançamento do seu livro “Brasil 200 milhas”, o dr, Élio Monnerat Solon de Pontes recebeu das mãos do deputado Paschoal Citadino, presidente da Assembleia Legislativa, o título de Cidadão do Estado da Guanabara. Este título vem mais uma vez consagrar o homem que foi, diretamente, o responsável pela ampliação do nosso mar, que fez com que os brasileiros ganhassem pacífica e juridicamente esta guerra do Direito, legitimando suas 200 milhas. Trata-se de um documentário cuidado que marca a evolução do Direito Marítimo Internacional, enriquecido com todos os atos e estudos que procederem a ampliação do nosso mar territorial a 200 milhas. O problema da devastação do nosso litoral e da dilatação do mesmo sempre preocupou o jurista Solon de Pontes. Estudando, criou a Teoria da Uniformidade Relativa do Mar Territorial, que, em suma, dizia que os mares territoriais deveriam variar em função da identidade de condições geológicas e geofísicas, inclusive considerando alguns aspectos da questão. Atualmente, depois de vencida a batalha das 200 milhas, o dr. Solon de Pontes se dedica principalmente ao problema da educação pré primária, como presidente da Omep (Organização Mundial Pela Educação Pré-Primária) do Estado do Rio. O que é preciso, diz o professor Solon de Pontes, que já exerceu o cargo de secretário de Educação do nosso Estado, “é sistemática o óbvio, ou seja a oficialização do pré-primário no Brasil, com alimentação" 

“Dalvinha”, por Nelson Kemp - Dalvinha Ventura, filha de Américo Ventura Filho, estudava e eu a encontrava, a caminho da escola. Conversavamos sobre o seu futuro. Na sua meiguice, em plena juventude, ela me dizia: “Quero acompanhar os passos do meu pai, vou estudar jornalismo, tanto aprecio quem escreve nos jornais…” E eu aplaudia o seu desejo, notando que era a imprensa a sua vocação, Dalvinha acabou o seu curso de professora, casou-se com o acadêmico José Carlos, filho de José Marques, meu companheiro da Euterpe, foi residir na Guanabara, onde bem como seu marido tem atividade. Agora, sinto profunda emoção, lendo na primeira página do 2° caderno do Diário de Notícias, uma completa reportagem sobre o desabamento do prédio de um supermercado, em Pilares. E, ao lado, uma nota dos nomes dos repórteres da magnífica equipe do grande diário fundado pelo saudoso mestre da imprensa, Orlando Dantas. E o 1° nome - Dalva Ventura. Fiquei radiante. Daqui a pouco, Dalvinha estará contratada para a redação, seguindo a sua vocação, enaltecendo o nome de seu pai e familiares, glorificando Friburgo, que já tem Lucimar Corrêa, Noêmia Rocha e Dalvinha, representantes da ala feminina na imprensa diária e semanal, e outro Ventura, nas revistas e jornais de projeção internacional. Sejam todos imensamente felizes, honrando a laureada tradição que imortalizou o gênio José do Patrocínio! 

E mais… 

* Como nasceu Jesus

* Viva o Natal!

Trova da Semana: 

Noel, em prece constante

Pede ao céu, num gesto nobre,

que rico de hoje em diante,

queira ser irmão do pobre.

Lilinha Fernandes

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Luiz Gonzaga Laginestra Filho (14), Yolanda C. Laginestra (30). 

(*) estagiária com a supervisão de Henrique Amorim 

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