Extra! Extra! Copom baixa juros!

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

quinta-feira, 03 de agosto de 2023

Foi na última quarta-feira o anúncio do Copom sobre a decisão do corte de 50bps sobre a taxa Selic, saindo de 13,75% para 13,25%. É o primeiro movimento para o estímulo do desenvolvimento desde quando, em março de 2021, os juros começaram a subir com o objetivo de controlar a tendência inflacionária pós-pandemia.

Agora, você sabe interpretar essas informações? Interpretar ao ponto de conseguir definir sua estratégia daqui em diante? Vamos entender um pouco do que se trata este movimento de política monetária.

O principal objetivo desses ciclos é garantir a estabilidade dos preços (controle da inflação) e fomentar o crescimento econômico sustentável.

Existem dois principais tipos de ciclos de política monetária:

Ciclo de Aperto: Nesse cenário, o banco central aumenta as taxas de juros para desacelerar o crescimento econômico e controlar a inflação. Taxas de juros mais altas tendem a desencorajar o consumo e o investimento, o que reduz a demanda e, por sua vez, a pressão inflacionária.

Ciclo de Afrouxamento: Nessa situação, o Banco Central reduz as taxas de juros para estimular o crescimento econômico e evitar deflação ou recessão. Taxas de juros mais baixas tornam o crédito mais barato e incentivam os consumidores a gastar mais e as empresas a investir em projetos e expansão.

O momento em que o Banco Central decide realizar um ciclo de corte de juros, como no caso da taxa Selic no Brasil, é uma decisão cuidadosamente considerada com base nas condições econômicas atuais e nas perspectivas futuras. O objetivo é alcançar um equilíbrio entre o estímulo ao crescimento econômico e o controle da inflação.

Portanto, para o sucesso dos investimentos no mercado financeiro durante um ciclo de corte de juros, os investidores devem considerar alguns aspectos:

  • Rendimento de ativos de renda fixa: Com as taxas de juros mais baixas, os rendimentos de títulos de renda fixa, como CDBs e títulos públicos, tendem a diminuir. Portanto, os investidores podem buscar alternativas mais atraentes, como ações e fundos imobiliários, para obter retornos mais expressivos.
  • Potencial de valorização de ações: Com o afrouxamento monetário, as empresas podem se beneficiar de custos de empréstimos menores, o que pode impulsionar seus lucros. Essa perspectiva de crescimento pode levar a uma valorização das ações no mercado financeiro.
  • Setores beneficiados: Alguns setores da economia são mais sensíveis às mudanças nas taxas de juros e podem se beneficiar com a redução da Selic. Por exemplo, o setor imobiliário pode experimentar aumento na demanda por imóveis devido à maior acessibilidade do crédito imobiliário.
  • Riscos associados: Investidores também devem estar cientes dos riscos potenciais, como o aumento da inflação no futuro, que poderia levar o Banco Central a elevar as taxas de juros novamente, afetando negativamente certos ativos.

 

Na última semana conversamos sobre expectativas e como manter estratégias alinhadas com os movimentos econômicos. Se ainda não leu, recomendo fortemente visitar nosso ambiente virtual e conferir a coluna pelo site do jornal. Será indispensável para a conclusão do assunto e construção do seu conhecimento sobre o assunto.

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