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Diversificar é investir com mais segurança
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Manter uma relação saudável com seus investimentos é fundamental para viver essa experiência de maneira segura e positiva. Portanto, é preciso estudar. Você não precisa ser especialista, afinal, você pode deixar isso para seu consultor ou assessor de investimentos; mas entender o que será feito com o seu dinheiro é fundamental para se sentir mais à vontade.
Falar em investimentos, contudo, faz com que a amplitude tome proporções quase ilimitadas e hoje vou adentrar de forma mais específica em ativos de renda variável; como ações, moedas e commodities, por exemplo. Para isso, vale ressaltar a necessidade de uma carteira de investimentos diversificada e de acordo com o seu perfil.
Existem duas formas de investir em renda variável: a primeira é optar por bons fundos de investimentos em ações (FIC e/ou FIA), recorrendo a gestoras com bom histórico operacional e com taxas justas de acordo com o serviço oferecido; a segunda opção de investimento em ações é através do home broker de sua corretora e aqui começamos a elaborar nosso planejamento (lembre-se sempre de que existem profissionais certificados para atuar na sua assessoria de investimentos e você pode estar sempre em contato com seu assessor para elaborar e seguir este planejamento).
Voltando à lei máxima dos investidores (a diversificação), precisamos falar sobre a correlação de ativos, uma relação estatística para metrificar (variando de -1 a 1) a relação entre ativos. Já ouviu falar?
Esta correlação pode se dar de quatro maneiras distintas:
• Correlação perfeitamente positiva (índice igual a 1)
• Correlação negativa
• Correlação positiva
• Correlação perfeitamente negativa (índice igual a -1)
As correlações perfeitas são situações ideais e – como tudo que é ideal – impossíveis de acontecer. Contudo vamos estudar as positivas e negativas para entendermos qual é a mais indicada para o seu portfólio de ações.
Basicamente, as correlações positivas se dão quando dois ativos (por haver relação estrita de mercado) fazem movimentos semelhantes entre valorizações e desvalorizações: como exercício, busque comparar os gráficos do barril de petróleo Brent e as ações de Petrobras e verá a influência da cotação do barril de petróleo sobre uma empresa petrolífera. Por outro lado, há a correlação negativa quando dois ativos se movimentam de maneira graficamente opostas: também, como exercício, compare os gráficos de dólar e Ibovespa e irá reparar um movimento espelhado entre os ativos; e faz sentido, afinal, quando o Ibovespa está em crescimento há uma tendência de valorização do real perante o dólar.
Seguindo a ideia de correlação negativa – e evidenciando as possibilidades dentro dos mercados de bolsa –, é importante destacar as estratégias de seguro de carteira. Imagine uma nova crise e bolsas despencando mundo afora e sua carteira de investimentos protegida. É o que acontece quando estabelecemos uma forte correlação negativa dentro de uma estratégia de proteção do capital, mas este já é um assunto extenso e precisa de um texto só para ele.
Por ora, ao planejar sua carteira de investimentos é importante saber o papel de cada ativo e como este vai influenciar sua estratégia. Investimentos via Bolsa de Valores são complexos (apesar de bastante intuitivos) e a falta de planejamento esconde grandes riscos. Portanto, vale ressaltar: boas estratégias podem se mostrar a melhor decisão para seus investimentos.
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
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