Passado o terror da crucificação, os discípulos de Jesus ainda não compreendiam o que havia acontecido. Em seus corações havia um misto de medo, angústia e tristeza. O seu Mestre havia sido morto, o que poderia acontecer com os que o seguiam? Como haveria de cumprir suas palavras? Tudo não havia passado de um desvario?
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A Voz da Diocese
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Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo.
A terra toda estava envolta em trevas. A esperança havia sido sepultada com o corpo de Jesus. Os discípulos estavam dispersos, incrédulos, retomavam as atividades que exerciam antes de se encontrarem com Jesus. Invadia seus pensamentos a ideia de que tudo havia sido uma grande ilusão. As palavras de paz e fraternidade que ouviram de seus lábios cederam lugar às cenas de terror. Ver o corpo do Mestre pregado no madeiro, a mais terrível morte, transpassou, como uma espada lancinante a alma dos que o seguiam. Tudo perdeu o sentido.
No calvário, confrontam-se duas mentalidades; vemos, no Evangelho, como as palavras de Jesus crucificado se contrapõem às dos seus adversários. Estes vão repetindo, como se fosse um refrão, “salva-te a ti mesmo”. (...) Salvar-se a si mesmo, olhar por si mesmo, pensar em si mesmo; não nos outros, mas apenas na própria saúde, no próprio sucesso, nos próprios interesses; ter, poder e aparecer. Salva-te a ti mesmo: é o refrão da humanidade, que crucificou o Senhor. Reflitamos nisso.
A assertiva que dá nome a este artigo é dita por uma das personagens da peça de teatro Huis clos (Entre quatro paredes, na tradução brasileira), do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre, escrita em 1945. A trama narra a história de duas mulheres e um homem que se encontram no inferno, condenados a permanecer para sempre juntos, “entre quatro paredes”.
Na conhecida passagem da Sarça ardente (cf. Ex 3,1-5), na qual revela-se a vocação de Moisés, lemos uma intrigante fala de Deus: “Moisés, Moisés… Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa” (v.4.5).
Seguimos, segundo o senso comum, a interpretação de que a ordem divina se refere às impurezas contidas nas sandálias. Isso porque vivemos uma cultura em que o impuro não pode estar diante de Deus. Como consequência desse pensamento, muitos se afastam de Deus por viverem situações de pecado.
Diante de uma sociedade cada vez mais influenciada e polarizada por notícias falsas e discursos de ódio, faz-se oportuno partilhar a atualidade da mensagem do Papa Francisco para o 52° Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 13 de maio de 2018, com o lema " A verdade vos tornará livres (Jo 8,32) - Fake news e Jornalismo da paz", a qual dividimos em dez pontos:
1. "A comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão", afirma o Papa. Exalta a capacidade humana de expressão, compartilhamento e construção de sua própria memória.
A liturgia do segundo domingo da Quaresma, último dia 13, nos apresenta o episódio do Monte Tabor. Jesus que sobe à montanha com seus discípulos – Pedro, Tiago e João – e ali se transfigura diante deles. Certamente, aquela experiência daquele dia marcou a vida dos três discípulos. Nenhum destes havia experimentado algo tão grandioso. A manifestação da glória divina não só apontou para a realidade da pessoa de Jesus, mas também inundou o coração daqueles homens temerosos.
Todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realiza a Campanha da Fraternidade (CF). Em 2022, a CF tem com o tema “Fraternidade e Educação” e lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26). No último dia 10 de janeiro, o Papa Francisco enviou aos fiéis brasileiros uma mensagem para a vivência desta campanha.
Nesta quarta-feira de cinzas, 2, teve início a Quaresma, tempo favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Com o intuito de nos ajudar neste caminho, o Papa Francisco escreveu a mensagem quaresmal de 2022 refletindo sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: “Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo (kairós), pratiquemos o bem para com todos” (Gal 6, 9-10a).
A Campanha da Fraternidade deste ano, com o tema "Fraternidade e Educação" e com o lema "Fala com sabedoria, ensina com amor" (Pr 31,26), cumpre o propósito deste evento organizado pela CNBB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, desde 1964: "ser um caminho para que os cristãos vivam a espiritualidade quaresmal com o sentido de mudança e transformação pessoal rumo à solidariedade a um problema concreto da sociedade brasileira". A realidade da educação interpela e exige profunda conversão de todos.