Investimentos, uma questão de filosofia

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

quinta-feira, 01 de junho de 2023

Warren Buffett: conhecido por adotar uma abordagem de "value investing" (investimento em valor), busca identificar ações subvalorizadas e empresas com sólidos fundamentos, focando em investimentos a longo prazo.

George Soros: sua abordagem baseada em análise fundamentalista e teoria da reflexividade procura identificar assimetrias de mercado e aproveitar oportunidades de investimento baseadas em sua visão macroeconômica.

Ray Dalio: enfatiza a diversificação e o gerenciamento de riscos em seus investimentos. Assim, consegue embasamento em princípios econômicos para aproveitar todos os ciclos de mercado; cada um com sua particularidade de alocação.

Peter Lynch: famoso por sua abordagem de investimento em ações de crescimento, ele enfatiza a pesquisa cuidadosa sobre empresas individuais, buscando oportunidades de investimento em setores em que ele possui conhecimento especializado.

Entender a abordagem ou conjunto de princípios responsáveis por orientar a tomada de decisão e administração de seus investimentos, é o que vai definir sua filosofia. Aqui, definir metas, riscos e a escolha de ativos vai ser tarefa fundamental para entender a filosofia de investimentos que vai direcionar seus resultados rumo aos objetivos traçados.

Uma filosofia clara de investimentos proporciona direção e consistência nas decisões tomadas, permitindo que o investidor mantenha seu norte mesmo em meio a flutuações do mercado e incertezas econômicas. É a ferramenta mais assertiva na hora de evitar ações impulsivas ou baseadas em emoções momentâneas. Garantir que as decisões sejam tomadas de forma informada e ponderada só é possível quando um quadro de referências sólidas é utilizado para avaliar oportunidades e riscos.

Faz parte da maturidade do investidor compreender suas vontades, seus pensamentos, objetivos... isso faz parte do processo. Começar uma história e já ter objetivos claros a serem alcançados no final desta jornada seria perfeito, mas todos sabemos de sua inexistência; o perfeito é utópico. Contudo, vale trazer Aristóteles numa coluna de educação financeira (já que o tema da vez é filosofia) e comentar sobre a perfeição de seu ponto de vista: esta, é claro, é uma impossibilidade; a excelência, por sua vez, factível.

Percebe como ainda não ter uma filosofia de investimentos bem definida não é o fim dos tempos? Você ainda pode encontrá-la em seus objetivos conforme estes também vão se moldando.

Não estou cobrando, entretanto, uma definição técnica de sua filosofia como foi exemplificado através dos maiores nomes de mercado financeiro do mundo no início deste texto. Você pode até chegar ao nível deles e eu não duvido nem um pouco disso, mas lembre-se sobre os pensamentos de Aristóteles em busca da excelência, e não da perfeição.

Trazendo o contexto financeiro, comece com o pleno conhecimento de onde você está, defina com clareza aonde quer chegar e escreva a rota pela qual vai trilhar este caminho. Esta será sua filosofia de investimentos!

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Gabriel Alves

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