Varíola dos macacos: estado já tem 20 casos confirmados

Seguem em investigação 8 casos suspeitos notificados pelos municípios
quarta-feira, 06 de julho de 2022
por Christiane Coelho, especial para A VOZ DA SERRA
Foto: Uol
Foto: Uol

Até esta terça-feira, 5, havia 20 casos confirmados da Monkeypox (varíola dos macacos) e oito suspeitos, no estado do Rio de Janeiro, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Desde  domingo,  foram descartados 27 casos suspeitos.

Segundo ainda a Secretaria Estadual, quando os casos confirmados ainda eram 16, na segunda-feira,  dez eram pacientes do município do Rio de Janeiro. Entre eles, apenas um veio de Londres; três em Maricá, na Região dos Lagos; um em Queimados (que mora em Portugal) e outro em Nova Iguaçu, ambos municípios da Baixada Fluminense; um em Niterói, região metropolitana do Rio, que também veio da Inglaterra. As informações passadas dão conta de que 13 casos confirmados foram por transmissão comunitária, ou seja, dentro do estado.

A Secretaria informou também que os casos confirmados e suspeitos são monitorados diariamente pela SES e pelas equipes de Vigilância em Saúde dos municípios.

Sobre a Monkeypox

O Ministério da Saúde optou por usar a denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), “Monkeypox”, que também é utilizada na Classificação Internacional de Doenças (CID-10). O intuito de não usar “varíola dos macacos” é evitar que haja um estigma e ações contra os primatas, pois, embora tenha sido inicialmente detectado neste grupo de animais, o surto atual não tem relação com ele.

O primeiro caso da Monkeypox no Brasil foi confirmado oficialmente em 9 de junho na capital paulista.  No dia 4 de julho, de acordo com dados do Ministério da Saúde, havia 234 casos notificados no Brasil. Desses, 80 casos foram confirmados, sendo 79 do sexo masculino e 1 do sexo feminino. Quarenta e seis casos permanecem suspeitos, sendo 38 do sexo masculino e 8 do sexo feminino e 108 foram descartados. A investigação dos casos suspeitos está em andamento, e as coletas para análise laboratorial já foram realizadas.

Os resultados  são aguardados

A médica infectologista Danyelle Cristina Souza alerta para os primeiros sintomas de Monkeypox. “Após um período de incubação de cerca de 6 a 14 dias, inicia a fase febril, com manifestações sistêmicas como dor de cabeça, dores musculares, prostração e adenopatias. 

Entre o 3º e 5º dia do início da febre, podem começar a surgir as erupções cutâneas, que geralmente aparecem primeiro na face e nas palmas das mãos e dos pés. Outras regiões, como genitálias e mucosas, também podem ser afetadas. As lesões apresentam fases de evolução, aparecem como se fossem "espinhas ou bolhas" e evoluem para crostas. Pacientes apresentam variedade de lesões, então, qualquer lesão sugestiva deve ser avaliada por um médico”, explica ela.

Como a transmissão ocorre durante o contato próximo, com secreções respiratórias, lesões de pele de uma pessoa infectada ou com objetos e superfícies contaminados, para evitar contaminação, de acordo com a infectologista, a melhor forma de prevenção é evitar o contato com lesões de pele sugestivas da Monkeypox, usar máscaras para proteção das gotículas e secreções respiratórias e evitar compartilhamento de objetos potencialmente contaminados. 

“A transmissão ocorre até que todas as lesões estejam em crostas”, explica Danyelle, acrescentando que “ainda não existe vacina para Monkeypox. Mas, pessoas que foram vacinadas para varíola apresentam imunidade cru ada com cerca de 85% de proteção a Monkeypox.”

O Ministério da Saúde orienta que, em caso suspeito da doença, o indivíduo deve iniciar imediatamente o isolamento e a equipe de saúde notificar as autoridades para que ações de saúde pública possam ser implementadas. 

“Em geral, a doença evolui sem gravidade e é auto limitada, com resolução entre duas a quatro semanas.  Pacientes imunossuprimidos podem ter formas mais graves e devem ser acompanhados”, esclarece a infectologista.

Danyelle acredita que o risco de uma pandemia da Monkeybox seja baixo, pois é necessário um contato mais próximo e prolongado para a transmissão do vírus. “Além disso, com o isolamento dos pacientes e monitoramento dos contactantes, podemos conter a disseminação da doença. Por isso, é muito importante que a população procure assistência e avaliação médica com o aparecimento de lesão sugestiva”, recomenda.

 

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TAGS: saúde