“O mundo visto pela janela de um ônibus — Fluxos de pensamentos de um brasileiro chamado Jorge”, de Jorge Maroun*
"Pior cego é aquele que não quer ver". O ditado popular ajuda a entender a proposta deste livro — “O mundo visto pela janela de um ônibus — Fluxos de pensamentos de um brasileiro chamado Jorge” — que ataca a classe política do Brasil e apresenta reflexões sobre o país. É um trabalho ímpar, no qual as reflexões levam o leitor a pensar sobre discursos alienantes e majoritários que escondem falácias, cujo objetivo é o controle do país. Ao tratar das questões com exemplos práticos, o livro possui fácil leitura, embora o autor seja incisivo ao abordar as questões delicadas da política e da vida dos brasileiros e dos povos latino-americanos sobre as quais reflete.
“Não ando de carro, não tenho carteira, ando de ônibus. É muito tempo olhando a paisagem e pensando no Brasil. Um dia, acordei com a ideia de escrever um livro sobre tudo que via e pensava, e decidi expor minhas reflexões. Não sou Bolsonaro, não sou Lula, sou Brasil. Não tenho partido, não sou funcionário público, nunca recebi homenagem de Câmara nenhuma, não tenho parente em gabinete de político, não recebo propina. Ao pretender mostrar um projeto para o Brasil, não sendo de esquerda ou direita, faço uma crítica a toda a classe política, que está nos levando a essa situação. E como traço um panorama mais conservador do Brasil, há quem me associe ao atual governo, como se eu estivesse alinhado a ele. Nada disso, nada a ver. Falo o que penso do Brasil, mostrando as falácias de políticos que levam ao recrutamento de pessoas que serão manipuladas para ter uma determinada visão do país”, resume o autor.
*Jorge Antonio Maroun é professor nas áreas de Gestão e de Comunicação e coordenador dos cursos de Jornalismo e de RH, da Universidade Estácio de Sá, na unidade Nova Friburgo. A obra está disponível nos formatos eBook Kindle, e impresso, lançada em julho de 2021.
“Tempo Bom”, de Carmelita Bispo — Histórias e memórias
Memórias de uma vida, da infância aos 95 anos da existência de uma senhora que após quase um século de vida, resolve escrever um livro. Nele, dona Carmelita relata fatos da infância, conta histórias, comenta o cotidiano, divulga as trovas que criou. A obra contou com o incentivo e compilação do filho Alan, do sobrinho Joaquim Carlos e demais familiares. Segundo a filha Gilvane Bispo, trata-se de um “livro suave com toque bem Carmelita”.
“Da janela do quarto, vejo a mais bela mata que circunda a minha casa. Nesta época do ano, florescem os ipês e as quaresmeiras, dando o seu encanto com o verde de várias tonalidades. Para completar esse visual maravilhoso, vêm os pássaros até o quintal para deliciarem-se das frutas que para eles coloco. É uma maravilha poder apreciar a natureza e tudo de belo que Deus nos dá. E dessa forma agradeço a todo momento”, descreve a autora.
“Bertalui”, de Laryssa Frezze
Em fevereiro deste ano, a escritora Laryssa Frezze lançou pela plataforma Sympla, o seu primeiro livro, “Bertalui”. Formada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), ela já publicou contos e crônicas em A Voz da Serra e no livro “Elas e as Letras”, uma coletânia de várias escritoras.
Em “Bertalui”, os leitores são convidados a acompanhar a jornada de Raul e Sally, duas personagens socialmente deslocadas, através de seus próprios medos e limitações, em direção à perdição prometida pela lenda de Bertalui, o Bosque Cruel, dotado de consciência e de personalidade sádica e violenta. A obra é dividida em três partes, onde são levantadas reflexões metafísicas e questionamentos aos valores sociais.
“Sobre Bertalui, o bosque das árvores cruéis: O primeiro livro solo publicado, eu sonho com isso desde menininha! Tá bom que eu também queria ser atriz, cantora e guitarrista, diretora de cinema ao mesmo tempo em que morava numa cabana junto ao rio. Mas os sonhos, a gente alcança aos poucos, com passos firmes e gentis, junto às pessoas a quem queremos bem. Bertalui é agora uma entidade no mundo e eu estou grata que ele possa existir onde, efetivamente, sempre esteve: nas fibras das estórias, no tempo”, comentou a escritora.
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