No Brasil, quando o cardápio é de pizza, a única dúvida é em relação ao rótulo, porque a bebida — uma tradição —, é o vinho. Principalmente, os tintos leves e com frescor. Já os brancos, rosés e espumantes, que costumam ter uma acidez elevada, são perfeitos para contrastar com a gordura do queijo, as combinações mais indicadas.
No entanto, a melhor bebida para acompanhar a pizza só depende mesmo do gosto de cada um. Porque nem os italianos, que amam vinhos, seguem a máxima que diz que pizza e vinho formam a dupla perfeita. Para eles, pizza se come bebendo cerveja, ao contrário do que muita gente imagina. Nesse assunto, os italianos discordam dos brasileiros.
Na Itália, o costume de consumir pizza e cerveja está enraizado há muitos anos. Diz-se que foi principalmente a partir da década de 1950 — quando o país viveu um período de reconstrução econômica —, que o consumo de cerveja aumentou exponencialmente. A preferência foi consolidada com a proibição do consumo de bebidas alcoólicas com mais de 8 graus em pizzarias. E assim a cerveja venceu a “concorrência”.
Vale dizer, até aos dias de hoje. O Instituto BVA Doxa (instituto de pesquisa líder na Itália) fez uma investigação sobre o tema e concluiu que a maior parte dos italianos (36%) escolhe a cerveja. Apenas 8% escolhe o vinho e o restante é dividido entre água, sucos e outras bebidas não alcoólicas.
No Brasil e no resto do mundo
Por aqui, desde sempre ouvimos que pizza deve ser harmonizada com vinho, e em diversos países é o que prevalece. Não à toa, existem incontáveis opiniões sobre o vinho ideal para cada sabor de pizza. Os brancos, rosés e espumantes, que costumam ter uma acidez elevada, são perfeitos para contrastar com a gordura do queijo, são as combinações mais indicadas.
No caso de pizza com molho de tomate, deve-se levar em consideração a acidez deste ingrediente, que pede vinhos equilibrados e com pouco tanino. Já as pizzas que levam pouco ou nada de molho de tomate, à base de queijos, harmonizam muito bem com vinhos brancos e espumantes de acidez alta e frescor capazes de balancear a gordura do prato.
A cobertura é fundamental para escolher o vinho que acompanhará a pizza. Em geral, as com coberturas mais leves e delicadas combinam com vinhos jovens e com aromas sutis. Já as com mais sustância e ingredientes com sabores mais fortes, como embutidos e carnes, vão bem com rótulos mais estruturados e aromas complexos.
Concluindo, independentemente da bebida favorita, o que importa é aproveitar o momento, se deliciar com a pizza, saborear o vinho [ou cerveja, que seja…] e curtir a vida!
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