Psicólogos alertam para os perigos do uso excessivo do celular na infância

Entre eles, os smartphones podem atrapalhar o vínculo entre pais e filhos, podem causar alterações do sono e no comportamento
sábado, 02 de abril de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

É quase inevitável: boa parte dos pais de crianças pequenas em algum momento dá aos filhos o celular como forma de distrai-los, que pode ser na hora da irritação ou das refeições, por exemplo. Já no caso de crianças maiores e adolescentes, menos sujeitos ao controle dos pais, há uma tendência ainda maior de querer ficar no celular durante boa parte do dia.

Um relatório da entidade de pesquisa britânica “Childwise” mostra que as crianças do Reino Unido gastam cerca de 6h50 por dia com seus celulares, e um terço dos entrevistados disseram que não conseguiriam viver sem seus dispositivos. Tais resultados levaram os cientistas a alertarem os pais sobre as consequências do uso indiscriminado dos dispositivos móveis. Confira:

Pais e filhos

Não é segredo que o vínculo entre pais e filhos é importante. Mas psicólogos agora dizem que os smartphones podem atrapalhar esse relacionamento. Por exemplo, a escritora e pesquisadora Jean Twenge,  da Universidade de San Diego (EUA) ressalta que, embora as crianças passem muito mais tempo sob o mesmo teto de seus pais, elas não são mais ligadas a eles como eram as gerações anteriores. Elas não conversam com a família, não prestam atenção a nenhum assunto e dão respostas monossilábicas.

Dessensibilização

Os smartphones abrem a porta para o mundo. Há muitas ferramentas e dicas úteis na Web que podemos usar em nosso dia a dia, no trabalho ou nos relacionamentos. Mas há também um lado negro desse recurso, que está cheio de violência, cyberbullying e outras questões. A exposição a essas situações dessensibiliza as crianças e as encoraja a aceitar esse tipo de comportamento como uma forma de resolver problemas.

Amadurecimento

Parece que a garotada das novas gerações não está interessada ​​em ser adulta. Os adolescentes de hoje preferem uma estratégia de vida mais lenta: eles não estão envolvidos em atividades adultas, como trabalhar para receber um salário ou viver sozinhos sem a ajuda dos pais, por exemplo.

Social

Os adolescentes são menos propensos a deixar suas casas e a buscar qualquer conexão social. Eles não precisam disso, todos os seus amigos estão a um clique de distância. Os smartphones tornaram muito mais fácil fazer amigos. É por isso que podem experimentar muitas dificuldades sociais, quando estão no mundo real.

Ansiedade

A Sociedade Britânica de Psicologia afirma que ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental podem ser causados ​​pelo uso de smartphones. E existem várias razões para isso. As crianças estão sob pressão constante para estar disponíveis e responder a qualquer momento, e podem estar muito envolvidas emocionalmente no “espaço” online de suas vidas. E nem sempre conseguem entender os limites entre ambientes reais e “redes sociais”.

Sono

Um estudo concluiu que existe uma forte ligação entre o aumento do tempo ante a tela do celular e a falta de sono suficiente das crianças. Acredita-se que um tempo de descanso mais curto seja a causa de diferentes problemas de saúde e comportamento, como, por exemplo, mau desempenho escolar, comportamentos perigosos e diminuição do funcionamento cognitivo. Uma criança precisa de descanso adequado para estar preparada para as atividades do dia seguinte.

Conduta

Alguns estudos sugerem que passar muito tempo com o celular pode causar sintomas de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, que pode levar a uma falta de ligação emocional e social com os pais, amigos e outras pessoas. Um estudo da National Birth Cohort, da Dinamarca, relata uma ligação entre problemas comportamentais de crianças e a exposição pré-natal aos celulares.

Infelizes

De acordo com a pesquisa Monitoring the Future, os adolescentes que relataram gastar mais tempo do que a média em seus celulares eram mais propensos a se sentir infelizes. Na pesquisa, os adolescentes foram convidados a responder se estavam felizes e até que ponto essa felicidade estava associada ao tempo de lazer habitual. Os resultados indicam que a conexão online não substitui uma interação real com familiares e amigos, especialmente para os jovens e crianças. Mas nem elas sempre entendem isso. 

(Fonte: incrivel.club/inspiracion-crianza/)

 

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