Ainda sem saber ao certo se a data das eleições será mantida ou postergada, a fauna política local se agita na medida em que se aproxima o prazo final para composição das chapas que concorrerão à cadeira número um do Palácio Barão de Nova Friburgo pelos próximos quatro anos, informa a coluna do Massimo.
E não é apenas pelas incertezas envolvendo a pandemia de Covid-19 que o cenário atual difere de ciclos anteriores não. Está tudo mudado mesmo.
Pessoal x coletivo
A despeito da realização contínua de reuniões, alguns impasses iniciados há meses seguem ainda sem solução ou perspectiva de mudança.
Muitos personagens simplesmente não parecem dispostos a abrir mão de encabeçar suas respectivas chapas, e isso tem inviabilizado algumas composições teoricamente fortes entre representantes de faixas de eleitorado parcialmente sobrepostas.
Em português claro, tem muita gente aparentemente preferindo perder isoladamente (mas se posicionando como liderança) do que ter chances reais de ganhar, ainda que em posição coadjuvante.
Vácuo
É, sem sombra de dúvidas, um momento perigoso para a história friburguense.
Por um lado, o desencanto de grande parte da população aponta para percentual ainda maior de votos brancos ou nulos, ou ausências justificadas.
Por outro, o inegável vácuo de lideranças abre espaço para a atuação de grupos oportunistas, alguns dos quais dispostos a jogar qualquer tipo de jogo para conquistar o poder.
Entre eles, difamações, fake news e pegar caronas em políticos de apelo popular.
Contra a maré
A combinação dos dois fatores sugere que o próximo prefeito pode vir a ser eleito com menos de 25 mil votos (há quem aposte em 20 mil), o que significa dizer que quem quer que seja eleito terá de enfrentar enormes desafios econômicos contando com apoio inicial de parcela mínima da população.
E, num cenário como esse, a tendência é a de que mesmo esse apoio não dure muito.
Margem pequena
Mais que isso: significa também observar que estamos separados por margem muito pequena de votos da possibilidade de termos quatro anos difíceis, a depender do grupo - e é importante enfatizar esta palavra - que venha a ser eleito.
Não é momento, portanto, de sair compartilhando qualquer coisa que apareça em redes sociais ou grupos de WhatsApp, colocando em risco a clareza do processo de escolha.
Mais do que nunca, é preciso zelar pela confiabilidade das informações, a fim de que seja possível separar o joio do trigo em meio a uma campanha curta e precariamente regulada.
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