O prefeito Eduardo Paes anunciou em rede social que o passaporte da vacina contra a Covid-19 não será mais exigido na capital. O anúncio foi feito após reunião do comitê científico na manhã desta segunda-feira, 25, quando se recomendou a suspensão temporária da exigência. A medida ainda precisa ser publicada em Diário Oficial.
Atualmente, na cidade do Rio, o comprovante de imunização é exigido em locais como bares, restaurantes, academias, hoteis, salões de beleza, teatros, boates, museus e eventos.
O anúncio contradiz uma declaração feita pelo prefeito no mês passado, quando ele disse que a exigência poderia ser suspensa somente quando 70% da população vacinável estivesse com a dose de reforço. Hoje esse índice está em 62,3%.
Nos últimos meses, segundo o jornal O Globo, a procura pela dose de reforço da vacina contra a Covid-19 estagnou. Dados do Tabnet da prefeitura do Rio mostra uma queda de 35% de fevereiro para março do número de imunizados. Em abril, os 17 primeiros dias do mês tiveram 76 mil cariocas vacinados com a terceira dose. Em março, nos mesmos dias, 166 mil pessoas receberam a terceira dose.
A prefeitura previa que até o final de março a cidade atingiria a cobertura de 70% da terceira dose, o que não ocorreu. O maior atraso está entre os mais jovens. Dados do painel da prefeitura mostram que 533 mil cariocas de 20 a 29 anos não retornaram para a terceira dose. Nesta faixa etária, 54% das pessoas já receberam as duas primeiras doses da vacina mas ainda não retornaram aos postos para o reforço.Após o fim da onda da variante Ômicron, a cidade do Rio teve uma queda sustentada do número de casos e mortes pela Covid-19. Nesta segunda-feira há seis pessoas internadas com a doença na rede pública, sendo quatro em UTI. Este é o menor número de hospitalizados com diagnostico do coronavírus na rede SUS da cidade desde o início da pandemia.
A próxima reunião da grupo ocorrerá no dia 16 de maio.
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