Mais uma vez A VOZ DA SERRA voltou ao trecho da rodovia RJ-130 (Nova Friburgo-Teresópolis), para ouvir os pedidos de moradores, pedestres e motoristas por melhorias no asfalto. Segundo uma moradora, os perigos ocasionados por ondulações no asfalto ocorrem há pelo menos quatro anos, desde que o trecho inicial da rodovia, próximo ao trevo de Duas Pedras recebeu reparos.
Todos os entrevistados pela equipe de reportagem reclamaram da qualidade do piso e alertaram para o perigo constante que coloca em risco a vida de quem utiliza uma das vias de entrada e saída mais importantes da cidade. “Eu mesmo já tropecei aqui e por sorte não foi grave, mas já vi senhoras caírem. A faixa de pedestre está apagada, não existe mais. Ainda não teve uma vítima fatal, mas isso é uma questão de tempo. Nesse trecho já aconteceram vários acidentes”, informou Dádivo Fragoso, que mora em Duas Pedras há 50 anos (foto).
Soma-se ao perigo constante, os prejuízos materiais que diversos motoristas precisam arcar pela utilização frequente da RJ-130. Márcio Barros costuma passar com seu carro diariamente pelo local e ao falar com nossa equipe disse que é comum ter problemas mecânicos. “Há pouco tempo eu tive que refazer a suspensão do meu carro que está sempre dando problema porque isso aqui é um absurdo. O trânsito nessa região é muito pesado. Quando foi colocado o asfalto novo deveriam ter interditado a via para que ele secasse, mas não fizeram isso e surgiram esses enromes calombos no meio da pista”, observa.
O motociclista Ivo Pinheiro que também costuma utilizar a via para realizar entregas se sente inseguro ao passar pelo trecho. “Esses ressaltos no meio da pista tornam o caminho muito difícil. Eu já passei muito perrengue nesse trecho, é um lugar muito perigoso”, alertou. Elisabeta Tosto e mãe Maria Linda, de 87 anos, moram às margens da RJ- 130 e segundo elas, acidentes provocados pelas falhas são frequentes. Elisabeta contou que se sente insegura para ficar na varanda de sua casa porque, por duas vezes, dois carros perderam o controle bateram no muro e foram parar dentro de sua residência. Segundo ela, os moradores já fizeram apelos ao DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem) para corrigir o problema, sem êxito.
“Na época das Olimpíadas esse trecho passou por uma reforma, mas não teve manutenção e a estrada está abandonada. A minha mãe foi uma das que tropeçou e caiu. A sorte é que eu estava em casa e quando vi, fui correndo para tirá-la do asfalto. Cabe ao Estado fazer esse conserto. Isso já é um pedido antigo. Se tivesse um radar para controlar a velocidade dos carros seria muito mais eficaz do que ter um quebra molas que por sinal, está todo torto”, pediu.
O tombo de dona Maria Linda aconteceu há poucos meses. Para ela, a situação só vai melhorar caso uma tragédia aconteça com “alguém importante”. “Por conta dessa elevação, eu caí nesse degrau que fica no meio da pista. Ia bater com o rosto no chão, mas coloquei a mão para me proteger e acabei ralando o joelho. Para ter uma melhora, só se uma autoridade se machucar, porque nós somos pequenos”, lamentou.
Tentamos contato com o DER-RJ para saber como o órgão pretende recuperar o trecho que há quatro anos tem tirado o sono de muita gente, mas até o fechamento desta reportagem não obtivemos resposta.
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